Ao incorporar um sítio arqueológico como uma característica fundamental do edifício, esta biblioteca tornou-se um marco cultural. Uma área arqueológica da época merínida do século XIV está no centro dos espaços de leitura da Biblioteca. As escavações foram incluídas no interior do edifício público, e os arquitetos trabalharam com o arqueólogo supervisor para criar uma sensação de abertura e transparência entre a Biblioteca e o centro merínida. O plano do projeto está organizado verticalmente em sete andares, três deles com vista para os vestígios arqueológicos. O edifício é composto por muitos componentes diferentes e os arquitetos quiseram criar uma sensação de uniformidade, cobrindo tudo com uma superfície unificadora. Por isso, desenvolveram a ideia de um “véu” (uma tela perfurada) que unisse tudo. A fachada de folha dupla com janelas foi construída com painéis metálicos perfurados e leves para filtrar a luz forte e proteger o interior dos ventos fortes do Estreito. Provou igualmente ser uma boa forma de esconder as galerias de manutenção. Os arquitetos quiseram identificar boas vistas para o mar e para a cidade e garantir que estas se tornavam um componente importante do projeto. Cortar o véu para realçar estas vistas revelou ser ainda mais importante, já que a topografia íngreme do local significava que o edifício estaria muito visível e não teria efetivamente “costas”. A Biblioteca serve uma grande variedade de pessoas nesta cidade espanhola autónoma perto de Marrocos e inclui uma série de eventos culturais na sua programação.