A expansão descontrolada e orientada para a circulação automóvel diminuiu a habitabilidade de Teerão, deixando poucos espaços para os cidadãos fazerem uma pausa e interagirem. Um projeto iniciado por um grupo de especialistas urbanos e pelo anterior governo regional procura promover uma “cidade orientada para os peões”, ativando espaços subutilizados ou de baixa qualidade - desde parques a passagens subterrâneas - para se tornarem núcleos urbanos vibrantes.

O sucesso da implementação deste primeiro projeto foi crucial para o avanço do conceito. Entre as estruturas existentes no local triangular estavam uma entrada de vidro em forma de cubo de baixa qualidade, com uma única porta para entrada e saída de passageiros, e infraestruturas dispersas ligadas ao metropolitano. O cliente solicitou inicialmente um projeto básico de pavimentação devido a restrições orçamentais, mas os arquitetos conseguiram persuadi-lo a aprovar uma abordagem mais impactante. Abóbadas arqueadas estabelecem uma forte conexão visual entre os diferentes níveis. Construídas de forma rápida e económica com tijolos feitos à mão por locais experientes, revivem um material local outrora proeminente, mas posteriormente negligenciado, e evocam formas arquitetónicas históricas do Irão. As variações de altura produzem um telhado permeável ao ar e à luz que atenua o ruído do tráfego, harmoniza o ambiente e promove um espaço voltado para o interior, protegido e habitável, que se tornou um centro social.