Gerimos o maior sistema de saúde privado sem fins lucrativos do Paquistão, com o trabalho na Índia a variar entre os programas comunitários de saúde e os cuidados intensivos.
Clínica de Saúde de Baltistão, em Skardu, no Paquistão.
AKDN / Christopher Wilton-Steer
A primeira instituição dos Serviços Aga Khan para a Saúde no Paquistão (AKHS, P) foi uma maternidade com 42 camas, anteriormente conhecida como a Maternidade Janbai, inaugurada em Karachi em 1924. Hoje em dia, os AKHS, P continuam a manter o seu foco inicial na saúde materno-infantil, mas também oferecem serviços que vão desde cuidados de saúde primários a serviços de diagnóstico e terapêuticos. Chegamos a mais de 800 000 pessoas nas zonas rurais e urbanas de Sinde, Punjab, Gilguite-Baltistão e Chitral. Na qualidade de um dos maiores sistemas privados de saúde sem fins lucrativos do Paquistão, o nosso objetivo passar por complementar os esforços do governo na prestação de cuidados de saúde, especialmente nas áreas da saúde materno-infantil e dos cuidados primários.
Financiamento
Os recursos dos AKHS, P têm várias origens. Enquanto um ingrediente vital para os sistemas de previdência social que desejam tornar-se autossustentáveis, as taxas de utilização são implementadas de forma consistente, mesmo nos serviços mais subsidiados. A AKDN está a testar uma vasta combinação de ferramentas de financiamento, incluindo os microsseguros e o uso de vouchers para proteger os mais carenciados e reduzir a dependência das taxas de utilização. Na verdade, este princípio está a permitir aumentar o acesso aos serviços dos AKHS, P.
Quando as instalações se tornam autossustentáveis, os AKHS, P usam todos os excedentes operacionais por elas gerados para financiar outros programas e subsidiar serviços para os muito pobres. Os AKHS, P abordam os problemas de saúde de populações locais específicas no Paquistão. Para fazê-lo de forma mais eficaz, o seu sistema de saúde é descentralizado e os serviços oferecidos variam de acordo com as necessidades das cinco regiões que fazem parte do programa: Karachi, Sinde, Punjab, Gilguite-Baltistão e Chitral. Nas zonas rurais do Paquistão onde os AKHS, P trabalham, chegar às populações de áreas remotas com serviços de saúde primários, especialmente aos grupos de alto risco, como mães e crianças pequenas, continua a ser uma grande prioridade, assim como a prestação de serviços adequados de diagnóstico e terapêuticos e os serviços de encaminhamento para a população em geral.
Os AKHS, P gerem 125 centros de saúde básicos, seis centros de saúde abrangentes e os Centros Médicos Aga Khan de Gilguite e Booni. Os AKHS, P gerem ainda cinco centros de saúde estatais em acordos de parceria público-privada. No norte do Paquistão, os AKHS, P têm vindo a implementar o Programa de Cuidados de Saúde Primários do Norte do Paquistão desde 1987. Trabalhando em parceria com as comunidades locais, o governo e outras instituições da AKDN, como o Programa Aga Khan de Apoio Rural, o objetivo tem passado por encontrar formas sustentáveis de financiamento e de prestação de cuidados de saúde primários nos vales de alta montanha. Isto levou a uma abordagem ao nível das aldeias: a nomeação dos agentes de saúde comunitária pela organização local de cada aldeia, a formação destes agentes na prevenção de doenças ao nível da comunidade e a reorientação dos profissionais de saúde (governamentais e privados) para os cuidados de saúde primários. Através deste e de outros programas associados, os AKHS, P têm trabalhado para promover um novo rumo para os serviços de saúde no Paquistão no sentido dos cuidados de saúde primários.
A estreita colaboração com a AKF e a AKU, e também com os sistemas de saúde do governo, tem sido a pedra angular deste esforço. Esta é impulsionada pelo desejo de construir sistemas de saúde que vinculem os esforços de cuidados de saúde preventivos e terapêuticos, bem como os diferentes níveis dos AKHS, P e os sistemas de saúde do governo, desde os centros de saúde de aldeia ao Hospital da Universidade Aga Khan em Karachi.
O Hospital Príncipe Aly Khan, em Bombaim, fundado em 1945, é um hospital com certificação ISO, mais conhecido pelos seus serviços de oncologia e doenças cardiovasculares. É reconhecido como um centro de referência a nível regional e internacional.
AKDN / Amit Pasricha
O Hospital Príncipe Aly Khan é um hospital de cuidados intensivos com várias especialidades com 158 camas situado na zona sul de Bombaim. O hospital está certificado pela norma ISO 9002.
O desenvolvimento do programa está condicionado por severas restrições ao nível do espaço e os Serviços Aga Khan para a Saúde, Índia (AKHS, I) estão a planear o desenvolvimento faseado de um hospital de substituição com 300 camas, providenciando alguns serviços de subespecialidade e com uma grande ênfase nos cuidados intensivos e de ambulatório e também na investigação e educação.
O Projeto dos Serviços Aga Khan para a Saúde em Maitreya, na Índia, com o apoio do Banco Mundial, dá formação a mulheres jovens de 14 aldeias perto do quarteirão de Maitreya na área de cuidados pré e pós-natais, para que possam ajudar a promover sensibilização sobre cuidados maternos e infantis entre grávidas e familiares do sexo feminino.
AKDN / Jean-Luc Ray
A Divisão de Saúde Comunitária dos AKHS, I procura atingir os seus objetivos através da melhoria do comportamento da população-alvo do programa ao nível da saúde, nomeadamente em relação à higiene, uso de reidratação oral, vacinação, cuidados maternos, fatores de risco para doenças não-transmissíveis evitáveis, tuberculose, informação e serviços de espaçamento entre partos. Estão a ser identificados e, se possível, eliminados, os obstáculos ao acesso aos serviços de saúde de qualidade satisfatória.
Ao nível dos cuidados primários, o foco tem-se alargado da saúde materno-infantil para o fortalecimento da saúde familiar. O foco dos esforços de promoção de saúde está a ser alargado para incluir a prevenção de doenças não-transmissíveis, SIDA e atividades de sensibilização para a questão de género. As prioridades da investigação incluem fatores de risco para doenças mentais, a influência do comportamento em relação a fatores de risco de doenças não-transmissíveis, VIH, saúde reprodutiva e tuberculose e o financiamento da saúde.