O primeiro museu independente de arte contemporânea de Teerão está instalado numa antiga cervejaria centenária que estava abandonada há décadas. O objetivo do arquiteto iraniano-austríaco passava por criar um diálogo entre o antigo e o novo, inserindo uma nova fundação e uma estrutura metálica para suportar telhados e pisos flutuantes em betão, de forma independente das paredes exteriores originais, permitindo assim um pé-direito generoso (até 12 metros) para as galerias climatizadas. Todas as novas inclusões são curvilíneas e utilizam materiais distintos para diferenciá-las da estrutura histórica construída em tijolo: uma grande escadaria em betão branco; elevador de metal; bar em bronze; camadas de revestimento de betão em tons diferentes para a torre de artistas residentes. A alvenaria restaurada está assinalada por apontamentos de baixo-relevo profundo. Replicando a forma dos telhados vernaculares vizinhos, as cinco novas estruturas de cobertura estriadas e inclinadas funcionam como claraboias profundas, isolantes e filtrantes e assinalam que o edifício está vivo outra vez: um aceno de cabeça simbólico. Os antigos tanques de cerveja na cave foram convertidos em galerias rebaixadas.