No decorrer da última década, Salima Naji, formou-se em arquitectura e antropologia, tendo trabalhado na proteção da herança de várias cidades oásis situadas nas montanhas anti-Atlas de Marrocos. Este projeto ambicioso envolve quatro locais que variam em escala, desde celeiros comuns até cidades fortificadas parcialmente abandonadas. Naji realizou o trabalho com pedreiros qualificados e operários, aos quais a própria deu formação de técnicas de construção tradicionais, permitindo que possam aplicar estes conhecimentos noutros locais. A arquitetura e os espaços públicos foram preservados, não só pelo seu valor histórico, mas também como modelos sustentáveis, localmente enraizados, para a construção moderna. Durante todo o processo, Naji incentivou todo um processo participativo com grupos comunitários e outros interlocutores, tanto novos como tradicionais. O seu trabalho oferece um modelo alternativo para a conservação em Marrocos: aquele que insiste em manter a ligação entre as comunidades locais e os seus ambientes históricos.