Construída em 1914, a estação estava abandonada desde o encerramento da linha ferroviária em 2006 e corria o risco de ser demolida. A criação de uma nova linha ferroviária expressa regional, em 2016, trouxe a perspectiva da reabilitação. Confrontados com a escolha entre substituir a sua estrutura metálica em ruínas ou apoiá-la numa nova estrutura, as restrições de custo e de calendário ditaram a segunda opção: cada suporte de aço está agora acoplado a um suporte de betão moldado com acabamento rugoso. Dado que a arquitetura colonial colidia com a mensagem que o governo atual queria transmitir, a preservação foi equilibrada com a adição de um toque contemporâneo através da escolha de materiais, iluminação e mobiliário personalizado. Uma extensão dá continuidade à linha do edifício histórico, embora um vão separe o antigo do novo. A estética do novo edifício cria um contraste deliberado, mas com um vocabulário que ecoa o seu antecessor através de uma estrutura semelhante, cores e toldos semelhantes a persianas. Ao relegar os espaços de chegada dos veículos para trás da estação, o projeto devolve o pátio aos viajantes, criando uma praça pública rara em Dakar. Bancos de betão moldado sob árvores recém-plantadas oferecem locais com sombra.