Oumou Sangaré é uma célebre cantautora do Mali, conhecida amplamente como “O Pássaro Canoro de Wassoulou”. Nascida em 1968 de pais originários de Wassoulou, uma região cultural a sul do rio Níger que atravessa as fronteiras do Mali, Costa do Marfim e Guiné, Sangaré tinha dois anos quando o seu pai arranjou uma segunda esposa e abandonou a família. Desistiu da escola em criança para ajudar a mãe a sustentar a família cantando nas ruas, e com cinco anos ganhou uma competição de canto entre infantários, atuando para uma plateia de milhares de pessoas Estádio Omnisport de Limbe, nos Camarões.

Na adolescência, participou numa digressão internacional com o grupo de percussão Djoliba, voltando à terra natal inspirada a formar o seu próprio grupo musical. Gravou o seu primeiro álbum, 'Moussolou' (Mulheres) em 1990 com arranjos do famoso artista do Mali Amadou Ba Guindo, vendendo mais de 200 000 cópias em África. Desde então, já lançou sete álbuns a solo e atuou em salas prestigiadas de todo o mundo, incluindo a Ópera de Melbourne, a Opéra de la Monnaie e o World Music Festival de Oslo. Sangaré venceu vários prémios de música, incluindo o Prémio Internacional de Música IMC-UNESCO em 2001. O seu álbum 'Seya' foi nomeado para os Grammy em 2010, e o álbum de Herbie Hancock, 'Imagine', para o qual ela contribuiu com vocais, ganhou o Grammy de Melhor Colaboração Pop com Vocais em 2011. A música de Sangaré é inspirada pelas músicas e danças tradicionais de Wassoulou, sendo considerada uma embaixadora cultural da região. As letras das suas músicas abordam a defesa dos direitos das mulheres e criticam questões sociais como a desigualdade de género, o casamento infantil e a poligamia.

Foi nomeada embaixadora da boa vontade da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura em 2003, e Comendadora da Ordem das Artes e das Letras de França em 1998. Para além da sua carreira musical, está envolvida nas indústrias da hotelaria, agricultura e automobilismo.