A Escola de Arquitetura La Salle da Universidade Ramon Llull, em Barcelona, concluiu recentemente a primeira edição de um curso de um semestre do quinto ano do currículo de Urbanismo, o qual foi apoiado pelo Programa Educacional do AKTC. Este curso permitiu que 47 alunos aplicassem a sua aprendizagem ao nível do urbanismo aos desafios que as cidades enfrentam no mundo em desenvolvimento.

Os alunos trabalharam em grupos para projetar um plano diretor para a cidade de Diourbel, no Senegal, abordando questões como o controlo de cheias, a gestão de resíduos, o despovoamento e a emigração. Um membro de cada grupo viajou para Diourbel para realizar trabalho de campo e obter informações em primeira mão acerca das realidades da cidade para depois comunicá-las aos outros membros do grupo. Foram organizadas reuniões com líderes locais, incluindo o presidente da câmara, diretores de serviços da cidade, empresários locais e funcionários de agências de cooperação, salientando a lição de que todos os projetos deste género devem incluir perspetivas locais e ter em conta as necessidades dos utilizadores finais, e não serem desenvolvidos de forma unilateral. Os alunos aprenderam a importância fundamental de analisar e compreender os contextos arquitetónicos, culturais, sociais e económicos locais.

As palestras e sessões do curso em Barcelona orientaram os alunos na criação de projetos de planos diretores para Diourbel que fossem eficazes e respeitosos. Oito grupos de estudantes apresentaram o seu trabalho no dia 29 de Maio a um júri que incluiu Jordi Mansilla, Diretor da Escola de Arquitetura de La Salle, Raj Isar, Diretor do Programa de Educação do AKTC, assim como Rizvi Hasan e Kwaja Fatmi, laureados com o Prémio Aga Khan para a Arquitetura em 2022, que participaram por videoconferência a partir do Bangladesh, tendo ainda partilhado o seu próprio trabalho com os alunos numa sessão à parte.

Durante o ano letivo de 2023-24, os alunos do Instituto Kamla Raheja Vidyanidhi de Arquitetura e Estudos Ambientais de Bombaim, sob a orientação da Célula de Design do Instituto, avaliaram os seis projetos na Índia que já receberam o Prémio Aga Khan para a Arquitetura. Os edifícios foram avaliados quanto ao seu impacto na linguagem arquitetónica, à sua vida após o Prémio, à sua relevância para as questões contemporâneas relativas ao ambiente construído e à forma como os critérios do Grande Júri lhes podem ser aplicados hoje em dia.

Os seguintes projetos foram documentados e analisados por uma compilação especialmente preparada: o Hotel Mughal Sheraton, em Agra (1980), o Instituto de Desenvolvimento do Empreendedorismo da Índia, em Ahmedabad (1992), Habitação Comunitária de Aranya, em Indore (1995), Hospital de Leprosos, em Lasur (1998), Rede de Favelas da Cidade de Indore (1998) e Vidhan Bhavan, em Bhopal (1998).

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No ensino da engenharia, as tecnologias em contínua evolução têm impacto nas práticas de construção sustentável, o que torna cada vez mais necessária a melhoria dos currículos. No dia 9 de Novembro de 2023, num seminário de pós-graduação no Instituto de Construção Sustentável da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, o ilustre engenheiro de estruturas e pedagogo Hanif Kara explorou os desafios da “engenharia de design” através estes tópicos de referência: Posicionamento, Processo, Além dos Estereótipos; Reformular a Investigação e Permanecer Relevante. Estes tópicos funcionaram como lentes para demonstrar mas também para provocar.

Kara usou uma série de projetos construídos de alto perfil para ilustrar a importância do envolvimento precoce do engenheiro de estruturas, que tem sempre de navegar pelo espaço da arquitetura como condição para a sua própria existência, numa era de incertezas e ambiguidades em ambas as disciplinas.

No dia 10 de Novembro, na Faculdade de Arquitetura da Universidade Lusíada, o tópico de Kara foi o “design interdisciplinar”. Falando desta vez para um público de alunos de licenciatura em arquitetura, discorreu acerca do desafio de integrar conhecimentos de diferentes disciplinas como parte da sua própria experiência e prática, sem invadir as outras disciplinas mas conseguindo tirar o melhor proveito delas. Os engenheiros, por sua vez, também precisam de compreender que cada arquiteto parte de um diferente ponto de partida para atingir resultados de alta qualidade.

Kara usou quatro temas: Deep Skin; A Torre; A Ponte e Mediação Através da Tecnologia, para avaliar a interdisciplinaridade de projetos construídos, abrangendo um vasto espectro de tipos e escalas. Destacou igualmente a importância de os arquitetos recuperarem o seu poder de ação e influência, de modo a evitar os impactos negativos do ambiente construído no clima.

Uma exploração multidisciplinar e plurianual dos desafios de conservação do património construído da cidade histórica de Monforte, na região do Alentejo, em Portugal, foi coroada em Julho de 2023 com um seminário realizado no local. Foi projetada por docentes do Instituto para a Construção Sustentável da Universidade do Porto, em cooperação com o município de Monforte e a Universidade Lusíada.

Os seminários, baseados na metodologia do Programa Aga Khan das Cidades Históricas, abrangeram:

1. a história do património arquitetónico de Monforte,


2. possíveis estratégias de intervenção no património construído da cidade, e os seus prós e contras,


3. princípios bioclimáticos de sustentabilidade aplicáveis à arquitetura vernacular reutilizados num espírito contemporâneo, e


4. estudos de caso sobre a gestão do património arquitetónico noutras cidades históricas.

A principal mensagem partilhada pelos docentes foi que a reabilitação do património construído é um ato multidisciplinar e criativo que deve basear-se diretamente nas histórias e identidades culturais locais, de modo que o design arquitetónico contemporâneo fique alicerçado no conhecimento holístico daquilo que foi imaginado e construído em tempos passados.

Vinte alunos realizaram o mapeamento e diagnóstico práticos dos edifícios e espaços patrimoniais em Monforte. Sob a orientação de arquitetos e engenheiros civis, desenvolveram propostas de estratégias de conservação e/ou reutilização adaptativa. Apresentaram publicamente as suas estratégias, as quais continham informações valiosas para os decisores locais.

Em 2022, vinte e dois estudantes de mestrado em arquitetura na Universidade Ibn Khaldun, em Tunes, participaram num seminário organizado com o apoio do Programa de Educação do AKTC. O seminário centrou-se nas relações entre a arquitetura, o design urbano e a sociedade materializadas em quatro projetos vencedores do Prémio Aga Khan para a Arquitetura localizados na Medina de Tunes assim como na cidade da época colonial.

Os alunos exploraram os itinerários destes projetos desde o seu nascimento até à sua conclusão, com a sua contínua relevância a ser avaliada através de várias visitas aos locais e de entrevistas com utentes e habitantes locais.

Os alunos beneficiaram da longa experiência de Zoubeïr Mouhli, ele próprio laureado com o Prémio em 2010 e antigo Diretor-Geral da Associação para a Salvaguarda da Medina de Tunes (ASM), que venceu o Prémio em 1983, 1989, 1995 e 2010. Os cinco oradores convidados da Tunísia, França e Bélgica apresentaram palestras que informaram os alunos acerca da exploração das dimensões sociais dos projetos, da forma como a qualidade urbana e arquitetónica foi conciliada com as preocupações sociais, do modo como os espaços, as pessoas e as sociedades têm interagido ao longo dos anos, de como determinados espaços foram reaproveitados e de como estes conjuntos arquitetónicos e urbanos foram configurados. Os alunos consultaram as páginas web e a coleção de fotografias do AKTC na sua investigação.

O seminário reforçou a compreensão dos alunos relativamente ao património enquanto força motriz para a atratividade e a coesão social das cidades. Os exemplos concretos que os alunos de arquitetura examinaram deram-lhes a conhecer o conceito de património vivo e permitiram-lhes avaliar os pontos fortes e fracos dos projetos premiados e o seu potencial para o futuro.

Em 2020, o Programa de Educação do AKTC apoiou uma viagem de estudo de dez estudantes do quarto ano da Escola de Arquitetura da Universidade de Notre Dame a Bombaim, na Índia, durante a qual mapearam a linguagem arquitetónica e os traçados urbanos dos edifícios e criações de espaço na zona histórica da cidade, nomeadamente na área do Forte do Norte, Ballard Estate, Bora Bazaar e Crawford Market.

Os alunos reviram os traçados tradicionais das habitações e referenciaram-nos para imaginar uma nova área urbana na zona ribeirinha oriental, especificamente para a comunidade de Darukhana, que é um dos cinco novos locais de desenvolvimento destinados a fazer parte do projeto de Desenvolvimento da Zona Ribeirinha Oriental de Bombaim.

Os alunos também se reuniram com membros da comunidade e arquitetos locais para estudar a arquitetura urbana tradicional da cidade e trabalharam com a equipa de desenvolvimento local da Autoridade Portuária de Bombaim para criar planos de design. O seu trabalho abrangeu a criação do plano diretor do local, para além de uma variedade de configurações para habitações multifamiliares com projetos adicionais de comércio/utilização mista. Para além disso, os alunos exploraram soluções executáveis, trabalhando com arquitetos responsáveis por novos designs naquela área.

O seu relatório foi submetido aos arquitetos oficiais do projeto e à equipa da Autoridade Portuária de Bombaim para referência futura, à medida que o local de construção é desenvolvido.

Em colaboração com o Programa Educacional do AKTC, a Escola de Arquitetura, Construção e Design da Universidade Taylor's de Selangor, Malásia, ofereceu a 13 alunos do Mestrado em Arquitetura um curso opcional intitulado “Análise de Arquitetura” durante o semestre do outono de 2020.

Este curso analisou projetos na Malásia que foram premiados com o Prémio Aga Khan para a Arquitetura e foi organizado em cooperação com o DOMA College e o DOMA Initiatives Berhad (Architecture Foundation). O curso explorou a forma como os projetos do AKAA ilustram a influência social da arquitetura.

Os alunos concentraram-se nos impactos culturais, económicos e sociais positivos e de longo prazo dos edifícios. Aprenderam também a utilizar o arquivo volumoso do Prémio. Eles próprios revisitaram os edifícios, entrevistaram os arquitetos e examinaram o modo como cada edifício tinha resistido à passagem do tempo e qual o seu impacto na sua comunidade de utilizadores, assim como na sociedade como um todo. Por fim, no semestre da primavera de 2021, os estudantes continuaram a estudar o impacto social dos projetos do AKAA na Malásia, com foco no mapeamento arquitetónico e no trabalho de campo.

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Em Fevereiro de 2020, o Programa de Arquitetura e Design Urbano da Universidade do Nilo organizou uma Escola de Inverno intitulada “Off-Seams” [Fora das Costuras] no Cairo, sob a égide do Programa Educacional. O evento esteve igualmente entre os resultados do projeto de três anos da União Europeia intitulado “Qualificação e Formação em Arquitetura Multidisciplinar Integradora Centrada em Pessoas (IMPAQT)”.

Durante sete dias, vinte e cinco participantes com diferentes níveis de conhecimento e experiência em formação de arquitetura trabalharam com professores nacionais e internacionais e com um vencedor do Prémio Aga Khan para a Arquitetura. Participaram num diálogo arquitetónico entre dois espaços importantes do Cairo, as praças Opera e Attaba, ambas localizadas nas costuras urbanas, as quais são temporais e espaciais e evoluíram dentro do tecido urbano a vários níveis.

Os resultados da Escola de Inverno tiveram duas dimensões. As equipas realizaram esboços dos locais, o mapeamento das atividades e a identificação dos fluxos. Cada equipa entregou um poster gráfico que representava a estratégia de intervenção e os seus componentes para serem validados; cada equipa desenvolveu ainda, em detalhe, um dos aspetos da sua estratégia. Foi apresentada aos especialistas do projeto IMPAQT e a outros académicos uma exposição deste trabalho, seguida por um painel de discussão sobre o processo que contou com a participação de estudantes e professores de outras universidades egípcias.

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Quinze jovens entre os 15 e os 17 anos, do Dubai, Mascate e Riade, exploraram a importância do ambiente construído relativamente à qualidade de vida durante uma visita de estudo de três dias a Omã. A viagem foi organizada em Outubro de 2019 em cooperação com o Programa Educacional do AKTC.

A viagem foi organizada por jovens mediadores dos Emirados Árabes Unidos formados no Instituto de Estudos Ismailis e na University College London. Os participantes compreenderam o papel da arquitetura e da conservação arquitetónica através dos esforços do Prémio Aga Khan para a Arquitetura e do Programa Aga Khan das Cidades Históricas.

Os estudos de caso que examinaram incluíram a Cidade de Pedra em Zanzibar, Darb al Ahmar no Cairo, e o Basti de Nizamuddin em Deli. Foram realizadas visitas a locais como o Mercado de Peixe de Matara - um projeto finalista do Prémio Aga Khan de 2019 - e os locais, em Omã, de Harat al Bilad, Misfat al Ibriyin e o Forte de Nizwa. A viagem também foi mediada por investigadores do Centro para o Estudo da Arquitetura e do Património Cultural da Índia, Arábia e Magrebe (ArCHIAM) da Universidade de Liverpool, uma instituição ativa na colaboração com o Programa Educacional do AKTC.

A excursão permitiu que este grupo altamente motivado entendesse em primeira mão a importância da arquitetura sensível ao contexto e da conservação do património, particularmente em pequenos povoados tradicionais.

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No semestre do Outono de 2019, em colaboração com o Programa Educacional da AKTC, foram ministrados dois cursos de reabilitação urbana integrada por parte do Departamento de Engenharia Arquitetónica & Design Ambiental da Faculdade de Engenharia & Tecnologia da Academia Árabe para a Ciência, Tecnologia e Transporte Marítimo (AASTMT), situada no Campus Smart Village, no Cairo.

Ambos os cursos tiveram por base a experiência e metodologia do Programa Aga Khan das Cidades Históricas (AKHCP). O primeiro curso, frequentado por 20 alunos universitários, teve por título “Introdução ao Design Urbano: O Impacto do Património Cultural no Bem-Estar Humano”, e o segundo “Conservação do Património Arquitetónico: Revitalização Urbana & Desenvolvimento Comunitário”, no qual participaram 18 alunos universitários.

A AASTMT projetou os dois cursos com o objetivo de minimizar a diferença entre a aprendizagem académica e a prática na área da conservação urbana. Ambos os cursos permitiram aos alunos testarem as conclusões de investigações académicas de forma concreta e no local. Também aprenderam com a metodologia do AKHCP para a revitalização da comunidade a nível físico, cultural, económico e social, a qual foi aplicada na zona de Al-Darb Al-Ahmar, no Cairo histórico.

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A Escola de Arquitetura e Planeamento da Academia Manipal de Ensino Superior (MAHE - conhecida anteriormente como Universidade Manipal) de Udupi, em Karnataka, na Índia, organizou em 2019 um seminário multidisciplinar para estudantes de nível de dissertação que explorou o conhecimento antropológico do ambiente construído.

O seminário foi inspirado pela necessidade de ver a arquitetura para além da ideia de "criação", para descobrir e analisar a estreita ligação entre a humanidade e os espaços que as pessoas habitam, para entender o património e os seus significados culturais e sociais para lá dos aspetos puramente técnicos ou construtivos.

Reuniu alunos e professores dos departamentos da MAHE de Arquitetura, Design de Moda, Design de Interiores/Produtos, Humanidades, Artes Liberais & Estudos de Linguagem e Filosofia. Na primeira fase do workshop, 44 estudantes a trabalharem nas suas teses de dissertação interagiram com o consultor do AKTC, o Dr. A. G. Krishna Menon, assim como o conhecido arquiteto sénior M. N. Ashish Ganju, em conjunto com o corpo docente da MAHE para definirem tópicos e métodos de investigação.

As suas reflexões foram orientadas pela experiência do Programa Aga Khan das Cidades Históricas (AKHCP). Na segunda fase, os alunos apresentaram as suas teses de dissertação na presença dos seus professores e orientadores/revisores externos.

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Em Janeiro de 2019, a Faculdade Rizvi de Arquitetura, em Bombaim, lançou uma publicação de 152 páginas intitulada Indore: Diálogos em Existência, baseada num workshop sobre arquitetura comunitária no âmbito do estúdio de design de 4.º ano patrocinado pela AKTC Educação no final de 2018.

A publicação foi projetada, escrita e produzida inteiramente pelos alunos e professores envolvidos. Sessenta estudantes revisitaram o Projeto Aranya de Habitação Comunitária de Balkrishna Doshi e o Projeto de Rede de Favelas de Hemanshu Parikh, ambos na cidade de Indore, que receberam o Prémio Aga Khan para a Arquitetura em 1995 e 1998, respetivamente. Os estudantes analisaram o modo como as visões dos arquitetos foram continuadas ou transformadas; também documentaram os estilos de vida, realizaram entrevistas exaustivas nas duas comunidades, fizeram desenhos mensurados e mapearam os espaços abertos e públicos assim como as infraestruturas de apoio.

O inquérito revelou uma mudança, ainda que consistentemente inadequada, nas posições governamentais em relação à habitação urbana para os mais carenciados: com Indore a crescer exponencialmente, tem havido pouca preocupação em responder às necessidades da população. A pesquisa também revelou a forma como as políticas transformam as cidades e as vidas das pessoas numa dura realidade - em oposição às visões idealistas dos arquitetos. Antigamente, a zona da Rede de Favelas estava na periferia da cidade, mas hoje está localizada no centro e tem um alto valor de mercado, ainda que o projeto em si esteja em grande parte esquecido e as questões que o mesmo levanta sejam amplamente ignoradas. O Projeto Aranya de Habitação Comunitária de Doshi ainda respeita o plano original do arquiteto, mas não a ideia de incremento que este pretendia.

As tarefas realizadas pelos alunos, em conjunto com as suas interações com os urbanistas, arquitetos e engenheiros, geraram um intenso debate acerca dos vários aspetos da habitação urbana, tanto a nível formal como informal. Este debate contou com contribuições ilustres, como do próprio BV Doshi.

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Em Janeiro de 2019, o Instituto para as Políticas Públicas e Sociais do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) organizou, com o apoio do Programa Educacional da AKTC, uma Escola de Inverno intitulada "O Lugar da Cidade".

Este seminário de formação, com 27 participantes e 33 oradores do Brasil, Itália e Portugal, analisou a situação do Bairro da Mouraria. Este é um dos bairros mais antigos de Lisboa. Atualmente, é um espaço etnicamente plural (que alberga uma grande comunidade de imigrantes muçulmanos), mas que está cada vez mais sujeito a uma forte ameaça de gentrificação devido às pressões das indústrias do turismo e do imobiliário. O ponto principal do programa assentou na melhoria das competências ao nível das políticas públicas que possam beneficiar as comunidades que vivem nestes centros históricos onde está a ser realizada uma reabilitação urbana e que veem a ameaça da gentrificação a aproximar-se. Utilizando a abordagem e metodologia do Programa Aga Khan das Cidades Históricas, a Escola de Inverno colocou a perceção da arquitetura e conservação urbana a debater acerca dos desafios de planear, executar e avaliar medidas concretas que aumentem a qualidade de vida das comunidades envolvidas. A teoria e a reflexão foram combinadas com a análise de modelos de desenvolvimento urbano que fomentam a diversidade cultural e a coesão social dos moradores. O programa intensivo de duas semanas consistiu em aulas e seminários práticos que envolveram trabalho de campo e interações com a comunidade; terminou com uma exposição e uma apresentação pública. A Freguesia de Santa Maria, onde está localizado o Bairro da Mouraria, e a Câmara Municipal de Lisboa foram parceiras desta iniciativa, ao passo que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa concedeu 10 bolsas aos participantes.

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Este workshop foi organizado em Bombaim em 2018 para 37 alunos de primeiro ano do Mestrado de Arquitetura em Desenho Urbano e Conservação do Instituto Kamala Raheja Vidyanidhi de Arquitetura e Ambiente (KRVIA).

O workshop foi inovador na sua exploração da multimédia como um modo de investigação e como uma ferramenta para contar histórias capazes de provocar o diálogo público em torno dos desafios da conservação.

O projeto surgiu das próprias reflexões do KRVIA acerca dos seus métodos de investigação e ensino, combinado com uma leitura atenta dos princípios e procedimentos subjacentes ao Programa Aga Khan das Cidades Históricas. Os alunos trabalharam em pequenos grupos em três locais situados nas margens urbanas de Bombaim. A sua investigação abrangeu as práticas locais de construção, a forma como os intervenientes fazem a manutenção de locais históricos, como reconhecem o património e como enquadram a história local. Todos os participantes receberam uma formação básica em produção cinematográfica. As palestras de profissionais experientes, incluindo uma de Ratish Nanda, Presidente Executivo da AKTC Índia, ofereceram diferentes perspetivas analíticas acerca das questões associadas.

O workshop deu origem a nove filmes com cerca de oito minutos cada. O processo de filmagem levantou questões que vão para além da prática tradicional de conservação urbana e exigiu a contribuição de diversos intervenientes, ao mesmo tempo que o uso dos filmes como uma ferramenta de documentação possibilitou a criação de uma narrativa mais diferenciada dos espaços urbanos. Ao interagirem diretamente com os residentes, os alunos puderam perceber como é que as próprias comunidades se associam às formas construídas. A produção cinematográfica permitiu-lhes levantar certas questões de uma forma mais articulada e descrever as condições no terreno, juntando as filmagens a desenhos, notas de texto e áudio.

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No outono de 2018, no âmbito do curso de Mestrado em Design Arquitetónico da Universidade CEPT, em Ahmedabad, 22 alunos puderam beneficiar de um seminário intitulado “Arquitetura Contemporânea: Práticas e Processos”.

Os alunos trabalharam nos arquivos do Prémio Aga Khan para a Arquitetura, assim como nos arquivos da revista Domus India, com o editor, o Dr. Kaiwan Mehta, um importante estudioso e crítico de arquitetura, a ser o seu instrutor. Para o curso, cada aluno preparou um ensaio fotográfico com anotações. A leitura informada dos relatórios do Grande Júri do Prémio Aga Khan (assim como dos ensaios críticos da Domus) permitiu aos alunos terem uma abordagem abalizada dos projetos. O processo permitiu que os alunos compreendessem por observação como um edifício/projeto é abordado e estudado. A natureza estruturada dos arquivos do AKAA também ensinou aos alunos aquilo em que realmente consiste uma investigação e uma análise de projetos arquitetónicos responsáveis.

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Em 2018, 35 alunos realizaram um curso opcional organizado na Faculdade de Arquitetura de Goa pelo ilustre arquiteto conservacionista Professor A. G. K. Menon. Exploraram os arquivos do Prémio Aga Khan para a Arquitetura com o intuito de analisar um projeto premiado relacionado com os seus próprios tópicos de investigação.

Foi solicitado a cada aluno que estudasse o respetivo relatório de projeto e que lesse e assimilasse a menção do Grande Júri, para além de outros materiais, e que escrevesse um ensaio de 2000 palavras com uma análise crítica do projeto. Outra resultante deste curso foi um conjunto de 13 cartazes, um para cada ciclo, que ficou em exibição na Faculdade em Setembro e Outubro e que foi inaugurado pelo Vice-Reitor da Universidade de Goa.

Os membros do corpo docente que se envolveram sistematicamente com os arquivos do AKAA para prepararem o curso sublinharam o impacto positivo que este exercício teve nas capacidades de investigação e redação dos alunos. Ensinou-os igualmente a dar valor à importância de colaborar com os contextos culturais e ambientais locais no desenvolvimento dos seus próprios projetos. A Faculdade prevê continuar a ministrar este curso enquanto parte integrante do seu currículo.

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O Instituto Srishti de Arte, Design e Tecnologia realizou o primeiro seminário de campo na cidade histórica de Gulbarga, em Karnataka, na Índia, em 2018. O seminário, intitulado "Cultura de Resiliência", tirou partido dos conhecimentos adquiridos no âmbito do Programa Aga Khan das Cidades Históricas.

Vinte e cinco estudantes de uma variedade de disciplinas exploraram a paisagem cultural de Gulbarga, assim como as suas comunidades de habitantes e o seu quotidiano, tendo cada um desenvolvido um projeto próprio no local. Gulbarga foi a capital do Sultanato Bamani do Decão no Século XIV. O seminário esteve integrado no atelier de 16 semanas para o projeto de tese universitária oferecida pela Srishti em parceria com a Equipa YUVAA (Youth United for Vigilance, Awareness & Action) [Juventude Unida para a Vigilância, Sensibilização e Ação], uma ONG da cidade vizinha de Bidar.

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Com base num Memorando de Entendimento celebrado com o AKTC, o Instituto de Arquitetura de Bengala em Daca, Bangladesh, organizou um curso de um mês em 2018 para 24 estudantes universitários finalistas e jovens profissionais com aulas de design arquitetónico baseadas em projetos regionais vencedores do Prémio Aga Khan.

Aproveitando diretamente a experiência dos arquitetos distinguidos com o Prémio e das comunidades em que os projetos foram realizados, o curso abordou os temas da construção comunitária, espaços públicos, regeneração urbana, e design paisagístico e conservação arquitetónica.

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