O Museu Aga Khan, em Toronto, no Canadá, é o primeiro museu da América do Norte dedicado às artes das civilizações muçulmanas.
Inaugurado em Toronto em 2014, o Museu Aga Khan alberga mais de 1200 obras-primas que representam a arte de civilizações muçulmanas da Península Ibérica à China. A sua coleção dinâmica de manuscritos, instrumentos científicos, quadros, cerâmica e trabalhos em metal continua a evoluir através de novas aquisições.
Abrangendo um período desde o século IX até ao século XXI, esta coleção mostra o poder continuado da tradição na arte contemporânea. A sua missão passa por promover uma maior compreensão e apreciação da contribuição das civilizações muçulmanas para o património mundial.
Através da educação, investigação e colaboração, o Museu incentiva o diálogo e promove a tolerância e a compreensão mútua. O Museu, enquanto instituição educacional dinâmica, fomenta o envolvimento do público a todos os níveis com a sua coleção permanente diversificada e com a sua lista em constante mudança de exposições e programas inovadores – incluindo espetáculos de música e dança, teatro, palestras, workshops e exibições de filmes.
O Museu Aga Khan tem um mandato internacional. Mantém laços fortes com instituições como o Museu do Louvre, em Paris, o Museu Hermitage, em São Petersburgo, e o Museu de Arte Islâmica, em Doha. Está também profundamente comprometida em estabelecer relações com instituições e comunidades canadianas. Em conjunto, estes vínculos globais e locais geram interessantes oportunidades para reforçar o conhecimento, inspirar exposições temporárias e produzir programas públicos que honrem o espírito de colaboração sobre o qual o Museu está construído.
Ao desenhar o Museu Aga Khan, Fumihiko Maki, vencedor do Prémio Pritzker de Arquitetura, serviu-se da luz como inspiração. A luz é um elemento sempre presente no edifício e, dependendo da hora do dia ou da estação, esta funciona como uma forma de enaltecer o edifício de várias maneiras: nos padrões de revestimento nas paredes externas em granito brasileiro, no melhoramento dos espaços interiores, ou através da iluminação do pátio com um telhado aberto.
O edifício compacto – com 81 metros de comprimento e 54 metros de largura – contém uma variedade de espaços, incluindo duas galerias para exposições, áreas para a conservação e armazenamento de arte, uma sala para eventos com 350 lugares e duas salas de aulas. Num design inconfundivelmente contemporâneo, Maki incorpora elementos históricos originários das culturas islâmicas, construindo pontes entre épocas e civilizações.
O arquiteto paisagista libanês Vladimir Djurovic desenhou os jardins formais do Parque Aga Khan. Inspirados no chahar bagh (jardim de quatro partes) de tradição persa e mogol, os jardins adquirem uma geometria natural através de uma plantação ordenada de amelanqueiros.
Em frente ao Museu fica o Centro Ismaili de Toronto, projetado pelo conceituado arquiteto Charles Correa. O Centro incorpora espaços para reuniões sociais e culturais, atividades intelectuais e reflexão espiritual. O seu telhado abobadado em vidro fosco cristalino, o ponto mais alto do recinto com 6,8 hectares, é refletido nos cinco lagos ladeados com granito nos jardins formais.
O Museu Aga Khan, o Parque Aga Khan e o Centro Ismaili de Toronto harmonizam o espírito, a arte e a natureza num contexto do século XXI, mantendo simultaneamente uma ligação essencial à história das civilizações muçulmanas.