Para incorporar a resiliência no planeamento habitacional e implementar o programa, nós (e a nossa antecessora FOCUS) estabelecemos parcerias com:

• o Comité de Situações de Emergência e Defesa Civil (CoESCD) do Governo do Tajiquistão;


• o Departamento Principal de Geologia;


• o Comité para a Proteção Ambiental;


• o Instituto de Sismologia;


• os Ministérios da Educação e da Saúde; e


• os governos locais na região de Khatlon, no Oblast Autónomo de Gorno-Badakhshan (GBAO), no Vale de Rasht e noutras regiões.

Recebemos apoio financeiro da Comissão Europeia, do Banco Mundial e dos governos da Suíça, Japão, Reino Unido, Canadá e EUA.

Criámos uma estrutura de planeamento urbano e rural e uma metodologia de planeamento participativo, referido como planeamento habitacional, para o planeamento periurbano, urbano e ao nível das aldeias. A AKAH e outras agências da AKDN implementaram 110 avaliações habitacionais integradas (AHI) ao nível das bacias hidrográficas, que serviram de base para desenvolver os planos habitacionais para cerca de 120 000 pessoas. As AHI articulam as metas e objetivos de planeamento de longo prazo para as áreas-alvo com base nas prioridades ao nível do uso dos terrenos, das infraestruturas, da demografia e das necessidades e tendências socioeconómicas. Eles contrapõem intervenções físicas pontuais e fragmentadas através da disponibilização de projetos espaciais integrados e de longo prazo e de planos de implementação para habitats seguros e sustentáveis, nos quais as comunidades e as pessoas possam prosperar.

Os nossos projetos recentes incluem:

• a construção de sistemas de abastecimento de água com base na abordagem do Programa de Extensão de Água e Saneamento (WASEP), permitindo o acesso a água potável e saneamento a mais de 53 550 pessoas no GBAO, no Vale de Rasht e na região de Khatlon;


• a realização de 33 avaliações da qualidade da água no GBAO, na região de Khatlon e no vale de Rasht, beneficiando 53 585 pessoas;


• a construção de unidades de saúde pública para 15 972 pessoas no GBAO e no Vale de Rasht;


• permitir que 20 308 pessoas tenham acesso a rotas seguras através da construção e reabilitação de 44 pontes;


• permitir que 20 000 jovens e crianças de Khorog e do distrito de Shugnan tenham acesso a sete instalações desportivas e parques infantis modernos;


• a construção de quatro abrigos de emergência em aldeias mais propensas a desastres, cada um com capacidade para 50 pessoas;


• a reabilitação de 34 troços rodoviários no vale de Bartang, proporcionando vias de acesso fundamentais a 4500 pessoas;


• a construção de uma escola secundária com capacidade para mais de 300 alunos; e


• a construção de currais para proteger o gado dos animais selvagens e reduzir o conflito entre humanos e animais selvagens zonas rurais, beneficiando mais de 400 famílias.

A quase 2300 metros acima do nível do mar, Khorog, no GBAO, enfrenta vários desafios, incluindo o perigo de riscos naturais, o impacto das alterações climáticas, o desgaste das infraestruturas, a pressão demográfica e a crescente urbanização. A AKAH e a Fundação Aga Khan (AKF) estão a trabalhar no Programa de Resiliência Urbana de Khorog. Este irá orientar o desenvolvimento urbano e o crescimento económico ambientalmente resilientes e sustentáveis. A iniciativa providencia apoio técnico às autoridades nacionais e municipais para criar um plano estratégico espacial, e diretrizes e políticas. Em coordenação com a comunidade local, o projeto irá promover o desenvolvimento urbano inclusivo e irá melhorar a qualidade de vida dos moradores de zonas urbanas.

O Programa de Resiliência Urbana de Khorog é uma iniciativa quinquenal concebida para desenvolver as estruturas, os sistemas e a capacidade de transformar Khorog num modelo de cidade resiliente, promover o crescimento económico e o investimento sustentáveis. O programa vincula as estruturas, o planeamento e os investimentos do governo a iniciativas da comunidade e de parceiros nacionais e internacionais para construir resiliência e criar oportunidades para os cidadãos de Khorog.

O programa engloba planeamento habitacional e o mapeamento de riscos para apoiar as autoridades municipais e nacionais ao nível da tomada de decisões baseadas em evidências para o uso dos terrenos. Os projetos de demonstração relativos à construção sismicamente resiliente incluem trabalhos no Centro Juvenil de Khorog, sistemas de bombeamento de água e projetos associados que apoiam a redução do risco de desastres, visam tornar a cidade mais ecológica e criar emprego. Estão incluídas iniciativas de reforço de capacidades para funcionários do governo nacional e local.

As iniciativas de preparação para situações de desastre e de mitigação dos riscos ao nível dos bairros irão permitir que o governo e as comunidades colaborem para criar planos de segurança e oportunidades, mesmo numa altura em que as alterações climáticas estão a aumentar os riscos.

Os sucessos alcançados desde o lançamento em 2020 incluem:

• um programa de formação sobre construções resilientes para 40 estagiários, em parceria com a Universidade da Ásia Central e o Ministério do Trabalho;


• uma parceria com a ONU-Habitat para criar recomendações para orientar o desenvolvimento resiliente e o crescimento ambientalmente sustentável da cidade;


• a extensão e reabilitação do Centro Juvenil de Khorog, incluindo a adaptação às normas de construção sísmica; e


• colaborar com o Comité de Arquitetura, o Instituto de Design Projeto Sharofar e as autoridades municipais e nacionais para atualizar o Plano Urbanístico da Cidade de Khorog para incluir contribuições relativas à resiliência.

Parceiros

Os parceiros deste projeto incluem o Governo do Tajiquistão, a ONU-Habitat e a Divisão de Cooperação e Desenvolvimento Económico da Secretaria de Estado dos Assuntos Económicos da Suíça. A União Europeia e a Embaixada do Japão forneceram financiamento adicional.

O projeto visa melhorar a resposta de emergência das comunidades para apoiar os mais vulneráveis e as pessoas com deficiência. Este irá aumentar a capacidade e o alcance das Equipas Comunitárias de Resposta a Emergências (ECRE) e do Comité de Situações de Emergência e Defesa Civil (CoESCD) de ajudar as pessoas com deficiência.

Irá oferecer aos jovens e às pessoas com deficiência um acesso equitativo a recursos de subsistência e de ajuda humanitária, especialmente perante a situação da COVID-19. O desenvolvimento das competências para as mulheres e uma rede de iniciativas de criação de meios de subsistência irão aumentar o acesso delas a oportunidades socioeconómicas. O projeto também irá incentivar os jovens com deficiência a participar de forma efetiva em atividades desportivas e outras atividades sociais, por exemplo, através de parques infantis inclusivos.