Iniciámos a WASEP em 1997 para disponibilizar serviços integrados de infraestruturas de abastecimento de água e para ajudar a prevenir doenças relacionadas com a água através da introdução de melhores práticas de higiene e saneamento nas comunidades locais das regiões montanhosas de Gilguite-Baltistão e Chitral, assim como nas áreas costeiras de Sinde. Aproximadamente 80 a 85 por cento da população nestas áreas não tem acesso a água potável e 60 por cento da população recolhe água em canais abertos, algo que muitas vezes exige fazer uma caminhada de até três quilómetros várias vezes ao dia. As mulheres e crianças são responsáveis pela recolha de água para fins domésticos, atividade que representa um risco significativo de lesões e que exige um elevado dispêndio de tempo e energia, afastando as crianças dos estudos e as mulheres das suas tarefas domésticas e de outras atividades geradoras de rendimentos.

A AKAH já forneceu acesso a água potável e instalações sanitárias e melhorou as práticas de saúde e higiene de mais de 500 000 pessoas em mais de 700 aldeias na região montanhosa de Gilguite-Baltistão e Chitral. Demos formação a Comités de Água e Saneamento geridos pelas comunidades para que façam a gestão das operações e da manutenção destas infraestruturas essenciais. Estamos agora a transportar o sucesso deste modelo rural e gerido pelas comunidades para áreas urbanas e periurbanas.

Reconhecimento

Em 2003, o WASEP foi identificado como uma prática recomendada pela Organização Mundial da Saúde. Em 2005, o WASEP venceu o prestigiado Prémio Alcan para a Sustentabilidade concedido pelo Fórum Internacional de Líderes Empresariais do Príncipe de Gales. Em 2009, fomos premiados com o Prémio Internacional do Dubai para as Melhores Práticas pela transferência de tecnologias comunitárias de água e saneamento, em conjunto com a educação em saúde e higiene. Fomos premiados com o Prémio Nacional Energy Globe em 2010 pelo abastecimento eficiente de água e saneamento ecológico.

BACIP

O BACIP foi criado em 1997 como um modelo sustentável para reduzir o ritmo de desflorestação e das emissões de CO2 em Gilguite-Baltistão e Chitral. O nosso objetivo era reduzir a incidência de doenças causadas pela poluição do ar em ambientes fechados e melhorar as condições de vida das comunidades-alvo, diminuindo os seus encargos financeiros através do desenvolvimento e fornecimento de produtos e tecnologias energeticamente eficientes que contribuam para melhorias nas habitações. O BACIP desenvolveu e testou mais de 60 produtos e tecnologias para melhorar as condições de vida e o ambiente no interior das habitações em áreas rurais e urbanas. Foram instalados mais de 100 000 produtos no âmbito do BACIP em mais de 40 000 casas, beneficiando mais de 300 000 pessoas em áreas montanhosas. Estamos a introduzir sistemas de iluminação alimentados a energia solar e já providenciámos acesso a iluminação limpa a mais de 1000 casas ao longo dos últimos dois anos.

Reconhecimento

A abordagem de ciclo de vida do programa à eficiência energética doméstica, ao desenvolvimento do mercado e ao empreendedorismo tem sido reconhecida pelas comunidades locais, organizações do sector público, doadores e agências internacionais, pelo seu impacto visível na vida das comunidades ao nível dos benefícios económicos, da melhoria social e da conservação ambiental. A AKAH tem recebido inúmeras distinções pela contribuição do BACIP para a melhoria das condições socioeconómicas e ambientais das populações locais em Gilguite-Baltistão e Chitral.

Entre estas incluem-se o Prémio World Habitat da ONU-HABITAT em 2006; o Prémio Energy Globe em 2008; Prémio PCIA de Liderança Global; e o prestigiado Prémio Ashden em 2011 pela prevenção da desflorestação. O BACIP também foi reconhecido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento como uma Prática Recomendada.

O nosso objetivo passa por promover um habitat seguro e sustentável no qual as pessoas e comunidades possam prosperar. Usamos um processo abrangente, que inclui:

• avaliações participativas centradas na comunidade;


• o envolvimento dos principais intervenientes, incluindo o governo;


• o planeamento socioeconómico e de ordenamento do território;


• a análise de dados do Sistema de Informação Geográfica (SIG);


• planeamento;


• design; e


• construção.

Isto ajuda-nos a propor um uso apropriado e sustentável dos terrenos, abordar os riscos relativos ao habitat e ajudar as comunidades a construir casas, escolas e hospitais mais seguros, ecológicos e acessíveis. Desenvolvemos, por exemplo, o plano diretor de Booni para uma aldeia em Chitral. O plano é projetado para aumentar a resiliência ao risco e garantir um planeamento com vista a criar povoações sustentáveis e orientadas para o crescimento. Irá funcionar como um estudo de caso para outros processos de planeamento habitacional em áreas montanhosas propensas a desastres.

Edifícios mais Ecológicos e Seguros

Usamos designs amigos do clima nos nossos projetos de construção, os quais incluem 25 edifícios institucionais de grande escala, mais de 1000 salas de aulas e 54 unidades de saúde, totalizando mais de 120 770 metros quadrados. Oferecemos serviços de gestão de construções para oferecer soluções modernas de engenharia e arquitetura e garantir resistência sísmica, iluminação adequada, conforto térmico e ventilação. Também desenvolvemos diretrizes de construção ecológica para partilhar com outras agências da AKDN, promovendo práticas de construção ecológicas e resilientes ao clima.

O First Microfinance Building (FMFB) em Gilguite irá receber a certificação LEED e EDGE após a sua conclusão, por cumprir os padrões globais de sustentabilidade. Irá contar com um revestimento de alta eficiência adaptado às condições climáticas de Gilguite, reduzindo a necessidade de controlar a temperatura. Também irá incluir medidas de eficiência energética para aquecimento e arrefecimento mecânicos, torneiras e luminárias economizadoras de água, painéis solares e vidros de alto desempenho. A maioria das matérias-primas para a sua construção, desde as telas de madeira na fachada aos detalhes em pedra por todo o edifício, são de origem local.

Emissões de Gases com Efeito de Estufa

A AKAH está empenhada em reduzir as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) que aceleram as alterações climáticas. A nossa política de gestão de emissões ajuda-nos a monitorizar e reduzir os GEE que são direta ou indiretamente emitidos em resultado das nossas operações. Ajudamos as agências da AKDN a calcular, reduzir e compensar os GEE. Também ajudamos as comunidades a prepararem-se e a adaptarem-se às alterações climáticas, promovendo ao mesmo tempo ferramentas e técnicas de planeamento ecológico para reduzir as emissões de GEE.¨