A Première Agence de Microfinance Burkina Faso (PAMF-B) foi criada em 2006. É um dos vários projetos de desenvolvimento económico, que incluem o apoio à indústria do algodão (Faso Coton) e à indústria do açúcar (SOSUCO). As iniciativas da AKDN também se estendem às atividades culturais. A AKDN é um dos maiores empregadores do país.
30%
30% dos clientes da PAMF-B são mulheres
O Burkina Faso é um país de baixos rendimentos e sem costa marítima, com 20 milhões de habitantes. A economia depende fortemente da agricultura, silvicultura e pecuária, correspondendo a cerca de um terço da produção económica e empregando mais de 90% do mercado de trabalho.
Existe mais de uma dezena de instituições de microfinanciamento de média dimensão, assim como um grande número de instituições mais pequenas. O sector é supervisionado por regulamentação governamental e supervisionado a nível regional pelo Banco Central da União da África Ocidental.
Criada pela Agência Aga Khan para o Microfinanciamento, a PAMF-B é um dos três principais operadores de média dimensão no sector do microfinanciamento no que ao número de clientes, valores de empréstimos, pagamentos e portefólio de aforros diz respeito. Dado que 86% dos seus clientes estão em áreas rurais e usam empréstimos agrícolas e pecuários, a PAMF-B abriu agências em áreas urbanas para servir o comércio e pequenas empresas, numa tentativa de equilibrar o seu portefólio e expandir o seu leque de clientes. Cerca de 30% dos mutuários e depositantes são mulheres.
A PAMF-B tem tido uma forte tradição no sector agrícola. O produto de empréstimos coletivos ajuda os clientes rurais a pagar as matérias-primas e propõe condições de pagamento adaptadas ao final da colheita ou das vendas. Esta flexibilidade é usada repetidamente pelos clientes, tendo criado uma base fiel de clientes. O sistema funciona com base numa garantia social, e não financeira, da parte de cada corresponsável individual pelo empréstimo.
A PAMF-B está a introduzir serviços financeiros para ajudar pequenos agricultores em áreas rurais com produtos agrícolas específicos, com ênfase no arroz, mandioca, milho e na pecuária. Faz igualmente parte de um grupo selecionado pelo governo para participar num programa nacional de impulso do sector agrícola. Na sequência da recente modernização do seu sistema bancário principal, a adoção de serviços financeiros digitais é uma prioridade de curto prazo.