Apesar dos progressos, 800 milhões de pessoas vivem ainda em extrema pobreza. Isto acontece muitas vezes em locais remotos. Como resposta, a Fundação Aga Khan criou pela primeira vez organizações de aldeias na década de oitenta. Quando foram criadas, o objetivo era diferente, dado que se teve em consideração a experiência dos aldeãos, em vez de funcionários de países ocidentais porque eles compreendiam melhor os contextos em que viviam do que qualquer visitante. As comunidades identificaram as prioridades através da aplicação de formas democráticas de governança, incluindo a nomeação de mulheres para cargos importantes. Em seguida, mobilizaram-se para superar os entraves ao desenvolvimento. Construíram escolas e clínicas, escavaram túneis para melhorar os recursos hídricos e instalaram melhores instalações de saneamento, criaram grupos de poupanças, forneceram eletricidade à aldeia e aumentaram o rendimento das colheitas. Identificaram também os mais pobres que necessitavam de algum apoio adicional.
As organizações de aldeias tornaram-se uma rede de proteção baseada nos valores e na participação comunitária. Assim, as pessoas estão a fomentar o seu próprio desenvolvimento para que possam tornar-se autossuficientes e melhorar a sua qualidade de vida em geral.
A Fundação comemora este ano o 50.º aniversário.