Pakistan · 4 abril 2019 · 2 Min
AKDN / courtesy of Aisha Sethi
Nascida nos Estados Unidos e educada no Paquistão, Aisha Sethi formou-se na Universidade Aga Khan (AKU) em 1999, depois de concluir o Bacharelato em Medicina e o Bacharelado em Cirurgia. Nesse mesmo ano, viajou para os EUA como estudante de medicina visitante para dois meses de disciplinas opcionais, tendo, posteriormente, recebido uma bolsa de investigação em dermatologia do National Institutes of Health por parte da universidade que a acolheu, Yale. “Em Yale, fui colocada num ambiente internacional de alto desempenho, logo após terminar os estudos na AKU. Mas a AKU preparou-me bem e senti muito abençoada."
Depois de completar a sua bolsa de investigação, Aisha foi aceite no Programa de Residência de Dermatologia de Yale. Enquanto médica residente, ela procurou seguir as suas ambições de desenvolver uma compreensão mais profunda acerca da medicina tropical. Aisha era fascinada pelas doenças infeciosas e tropicais, e depois de aprender bem cedo enquanto aluna da AKU que estas se manifestavam em primeiro lugar na pele, quis usar a dermatologia como um ponto de partida para enfrentar estes desafios globais de saúde.
No final de 2005, durante o seu último ano de residência opcional, Aisha visitou a África Oriental pela primeira vez e viu os laboratórios da AKU espalhados pelo Quénia e Tanzânia. Ela ficou orgulhosa pelos cuidados de saúde comunitários abrangentes disponibilizados pela sua "alma mater". Mas durante os poucos meses que esteve num centro de formação em dermatologia em Moshi, na Tanzânia, ela percebeu o quanto a região precisava de dermatologistas.
Em 2007, Aisha abriu a primeira clínica dedicada ao albinismo na capital do Malawi, Lilongwe, no âmbito de um esforço alargado para melhorar os cuidados dermatológicos na região. A taxa de albinismo em algumas tribos do sul de África chega a 1 em cada 1.500 nascimentos - muito acima da média mundial de 1 em cada 20.000. A clínica fornece aos albinos protetor solar e outros artigos, e oferece rastreios para o cancro de pele. Os seus programas também procuram aumentar a consciencialização acerca desta patologia, ensinando aos habitantes locais que as pessoas com esta doença não devem ser estigmatizadas ou tratadas como párias sociais.
“Uma das principais lições que aprendi na AKU é que nós formamos as comunidades e não os indivíduos. A AKU ensina-nos a respeitar os nossos pacientes e a sua comunidade, e a prestar atenção à cultura antes de avançar com qualquer intervenção de saúde, e isso é fundamental."
Nos últimos anos, Aisha tem vindo a trabalhar na prestação de cuidados de saúde a refugiados no Malawi, no Paquistão e na Jordânia. Ela continua o seu trabalho no combate aos desafios globais de saúde relacionados com doenças infeciosas e tropicais. É diretora do Programa Global de Saúde em Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Yale.
Este artigo baseia-se numa entrevista da Dra. Aisha Sethi que foi originalmente publicada pela Fundação Aga Khan nos EUA. Leia a entrevista completa aqui.