Mombaça, Quénia, 19 de Fevereiro de 2024 - A Academia Aga Khan de Mombaça celebrou hoje o seu 20.º aniversário na presença da Princesa Zahra Aga Khan. Fundada em 2003, a Academia foi inaugurada por Sua Alteza o Aga Khan, o fundador e presidente da Rede Aga Khan para o Desenvolvimento (AKDN), e pelo já falecido presidente do Quénia, Mwai Kibaki. É a primeira de uma rede global integrada de escolas residenciais conhecidas como Academias Aga Khan, com outros polos localizados em Hyderabad, na Índia, Maputo, em Moçambique e Daca, no Bangladesh.
O evento contou também com a presença de administradores da AKDN, beneméritos, estudantes e funcionários. Inclui atuações de estudantes, discursos, prémios por longos anos de serviço prestados, distinções a funcionários e professores, um corte de bolo e uma exibição de filmes que mostram o percurso da Academia nos últimos 20 anos. Após o evento, os participantes foram convidados para um passeio pelo polo com 7,3 hectares, a que se seguiu um almoço.
“As escolas são lugares otimistas”, disse a princesa Zahra. “Embora os jovens passem por muitas transições desafiantes ao longo das suas vidas, nós pretendemos tornar a Academia uma experiência positiva e memorável para todos, que ajude os jovens a definir o rumo certo para as suas vidas e a construir o seu caráter e atributos enquanto líderes. O objetivo da educação nesta instituição não passa apenas por apoiar os alunos a passarem nos exames para que possam transitar para a próxima fase da sua educação. É claro que os exames são importantes, mas a Academia tem uma ambição mais abrangente, que está no cerne do trabalho da AKDN com vista a melhorar a sociedade.”
Ao longo dos últimos 20 anos, a Academia tem sido parte integrante da comunidade e não só, fornecendo uma educação de alta qualidade e desenvolvendo líderes éticos locais. Com um currículo baseado no programa mundialmente reconhecido International Baccalaureate (IB), os alunos licenciados ingressaram em universidades de prestígio em todo o mundo, como a Universidade de Yale, a African Leadership University, a Universidade Tufts, a Universidade de Georgetown no Qatar e muito mais, tendo recebido mais de 48 milhões de dólares em bolsas de estudo desde 2016.
As Academias têm um forte programa de aprendizagem combinada com serviço comunitário e incentivam os alunos a continuar a apoiar mudanças positivas nas suas comunidades para além da licenciatura. Entre os muitos ex-alunos que estão a contribuir encontram-se Samara Visram, da Turma de 2014, que está a construir uma escola em Kikambala, no Quénia; e Ham Serunjogi, da Turma de 2012, distinguido pela Forbes na lista 30 Abaixo de 30 e que foi nomeado como consultor do presidente dos EUA para a relação com a diáspora africana.
“Desde o início que a Academia tem pedido aos alunos não apenas que se tornem líderes, mas que sejam líderes éticos”, disse o diretor da Academia, Colin Webster. “Isto é algo que muitas vezes faz falta ao mundo. Mais do que tudo, preparamos os nossos alunos para viverem num mundo pluralista.”
A Academia aceita alunos com base no mérito, independentemente da sua capacidade de pagarem as propinas, com cerca de 50% dos alunos a receberem alguma forma de apoio financeiro. Isto permite que estudantes de várias origens socioeconómicas estudem na Academia, com alguns a juntarem-se ao programa residencial, que inclui estudantes do Quénia, Uganda, Tajiquistão, EUA, Tanzânia, Canadá e muito mais.
“Quando vim para a Academia, ensinaram-me a ter uma mente aberta, a ser aventureiro, criativo, a não ficar confinado apenas a zona de conforto que me limita, e a saber aquilo que poderia alcançar”, disse Raphael Mwachiti, da Turma de 2021, que recebeu uma bolsa integral durante sete anos através do Programa de Identificação de Talentos e está a estudar na Universidade da Colúmbia Britânica.
A Academia também investe nos seus professores. O corpo docente, 90% do qual é queniano, recebe formação semanal acerca de práticas de ensino atualizadas. Para ter um impacto mais alargado no país, alberga um Centro de Desenvolvimento Profissional (CDP) que investe substancialmente na aprendizagem profissional dos professores nas escolas públicas locais. Desde a sua criação em 2010, o CDP já estabeleceu parcerias com mais de 1500 escolas no Quénia, tendo mais de 11 150 educadores externos concluído os seus programas.
“A Academia ofereceu-me um ambiente desafiante e emocionante”, disse Mary Nyandieka, professora de humanidades integradas e geografia, que leciona na Academia desde que esta foi criada. “O desenvolvimento profissional tem feito parte da minha rotina semanal, o que me tem ajudado a melhorar o meu ensino. A capacidade de aprender, em conjunto com os meus alunos, é maravilhosa. A Academia é um excelente lugar para crescer enquanto professora e um lugar onde tenho assistido ao surgimento de jovens homens e mulheres muito talentosos. Estou feliz e grata por ter feito parte desta incrível jornada.”
Para mais informações sobre a Academia Aga Khan de Mombaça