Paquistão · 7 setembro 2022 · 2 Min
De acordo com uma estimativa recente do Fundo de População das Nações Unidas, ficaram desalojadas mais de 650 000 mulheres grávidas em todo o Paquistão devido à destruição provocada pelas cheias causadas pelas monções. Os constrangimentos sociais têm levado mulheres a precisar desesperadamente de serviços de saúde materna a recusarem cuidados por parte de médicos do sexo masculino a trabalharem em equipas de resposta a emergências em todo o país.
Muitas das pessoas desalojadas estão na província de Sinde, onde os Serviços Aga Khan para a Saúde (AKHS) têm 47 centros de saúde. Quando as cheias arrastaram habitações – feitas principalmente de barro e palha – e forçaram imensas pessoas a fugir das suas aldeias na zona rural de Sinde, uma das comunidades encontrou refúgio em Khyber, uma vila a cerca de uma hora de carro da cidade de Hyderabad.
Yasmin, que trabalha com os AKHS desde 1999, é Assistente Comunitária de Saúde no Centro de Saúde Aga Khan de Khyber. Yasmin recebeu duas grávidas desta comunidade desalojada em final de gestação e a queixarem-se de dores de parto, examinou-as e fez o parto dos bebés no ambiente seguro e higiénico do centro de saúde.
De acordo com Yasmin, ambas as mulheres estavam assustadas e nervosas por se verem numa situação precária, especialmente por estarem grávidas, mas o facto de ter sido Yasmin a realizar o parto dos seus bebés tirou-lhes um enorme peso de cima dos ombros. As mães e os recém-nascidos ficaram no centro de saúde até poderem receber alta em segurança.
“Estou feliz por poder ajudar durante esta catástrofe e por poder aliviar as preocupações das minhas pacientes e proporcionar-lhes uma experiência de parto segura”, diz Yasmin. “Elas perderam as casas e todos os pertences, mas encontraram esperança; os bebés trazem esperança mesmo nas piores circunstâncias.”