Meredith Preston McGhie, aqui durante uma cerimónia dos Prémios Globais de Pluralismo, apoiou projetos de construção da paz e pluralismo na Índia, Tailândia, Myanmar, Kosovo, Iraque, Sudão do Sul, Sudão, Somália, Nigéria e Quénia.

AKDN / Mo Govindji

O que são os Prémios Globais de Pluralismo do Centro e como funcionam?


Os nossos Prémios Globais de Pluralismo reconhecem e apoiam os progressos extraordinários por parte de organizações, indivíduos e governos que estejam a descobrir formas inovadoras de demonstrar que a diversidade na sociedade é um enorme ativo. Os resultados alcançados pelos vencedores oferecem exemplos concretos e inspiradores de como todos podemos trabalhar em prol do pluralismo no nosso dia-a-dia. Vejamos o caso de Deborah Ahenkorah, do Gana, uma das vencedoras de 2019, que constatou a falta de representação de histórias e personagens africanos em livros infantis e decidiu abrir a sua própria editora e um prémio de literatura para tentar mudar o panorama da publicação de livros infantis no continente e em todo o mundo.


Estamos agora no terceiro ciclo dos Prémios. A cada dois anos, abrimos as candidaturas a nível global. As candidaturas que recebemos passam por um rigoroso processo de triagem e devida diligência, que inclui visitas ao país. São selecionados dez vencedores (três vencedores e sete menções honrosas) por um júri internacional independente presidido pelo Muito Honorável Joe Clark, ex-Primeiro-Ministro do Canadá. Cada um dos vencedores recebe 50 000 dólares canadianos para desenvolver o seu trabalho e promover o pluralismo.


O mais recente período de candidaturas terminou em Junho deste ano. Atualmente, as inscrições estão a ser analisadas e selecionadas antes da primeira reunião do Júri.


Que tipo de iniciativas procuram nos Prémios Globais de Pluralismo?


O prémio visa dar visibilidade a indivíduos, empresas, académicos, organizações da sociedade civil e governos de todo o mundo que estejam a trabalhar de formas criativas e de alto impacto com o objetivo de construir sociedades a que todos pertençam.


Dado que acreditamos firmemente que o pluralismo deve ser promovido por uma vasta gama de agentes de várias disciplinas, os Prémios não se restringem a nenhum sector ou atividade. Pelo contrário, estamos a avaliar as diversas e multifacetadas formas através das quais o pluralismo está a ser defendido. Por exemplo, já tivemos vencedores no passado a trabalhar em várias áreas, desde a construção de aplicações para a comunidade surda (Hand Talk, Brasil) à promoção da paz através da formação em música clássica (Instituto Nacional de Música do Afeganistão) e ao envolvimento dos jovens no diálogo intercultural online (Soliya, Estados Unidos).


Os vencedores dos Prémios alcançaram resultados inspiradores. Leyner Palacios Asprilla, da Colômbia, vencedor em 2017, foi recentemente nomeado o novo comissário para a Comissão da Verdade da Colômbia, no âmbito do processo de paz em curso naquele país.