A sua paixão por ajudar os outros, que foi instigada pela participação nas iniciativas de aprendizagem de serviço comunitário na Academia, é algo que Khushboo levou consigo para a universidade. Ela está matriculada atualmente na Faculdade de Ciências Sociais na University of Western Ontariono Canadá, tendo completado recentemente o seu primeiro ano no ensino superior.

Beneficiando de uma isenção de propinas através do programa de isenção de propinas da Academia Aga Khan – Ontário, Khushboo está grata pela oportunidade de frequentar uma universidade no Canadá: “Quando soube que tinha recebido a bolsa, senti-me muito grata, porque era algo que mudaria a minha vida. O facto de conseguir uma educação deste nível no Canadá ajuda-me a construir o meu futuro e melhora toda a minha qualidade de vida. ”

Durante o seu período na Academia Aga Khan, Khushboo foi capaz de ajudar outras pessoas a melhorar a sua qualidade de vida através do seu trabalho como voluntária numa escola do governo durante quatro anos, dando aulas de inglês e matemática: “Estava sempre desejosa de terminar as aulas e ir para lá, porque aquelas raparigas eram tão inspiradoras. A maioria das raparigas não vinham de contextos privilegiados e não tinham tudo o que precisavam, mas viviam tão felizes e sempre tão motivadas e satisfeitas com tudo o que tinham."

Khushboo continuou este trabalho através de um estágio de verão numa aldeia na Índia, onde aprendeu mais sobre a importância da educação e da consciencialização acerca do saneamento e da vacinação: “Ao nos envolvermos com a comunidade da aldeia e ao descobrirmos as suas necessidades de saúde e higiene, fizemos peças de teatro escolar para difundir uma mensagem de consciencialização sobre a importância de uma vida saudável, livre de álcool e tabaco. O vínculo especial que construí com as pessoas da aldeia motiva-me e inspira-me a continuar a aprender com as diversas comunidades que me rodeiam e a contribuir de forma significativa do modo que me for possível. Estou feliz por ter adquirido uma nova perspetiva através da qual um lugar não tem necessariamente de ser alterado, mas tem de ser em primeiro lugar aceite e apreciado."

Khushboo atribui a sua capacidade de transpor e pôr em prática a sua aprendizagem em sala de aula ao tempo que passou na Academia: “Sinto que a minha experiência na Academia me permitiu interpretar as coisas de uma forma mais holística e prática. A experiência não passou apenas por aquilo que aprendemos ou lemos em livros, mas também pela incorporação de valores e ética no nosso quotidiano e pela aplicação dos nossos conhecimentos para melhorarmos a comunidade e a nós próprios. A experiência integrada de aprendizagem ajudou-me a saber aprender, algo que transporto em mim para onde quer que vá e sempre que estiver a aprender.”

Durante a sua curta estadia no Canadá, Khushboo já começou a fazer a diferença na comunidade em seu redor. As suas atividades de voluntariado incluem prestar apoio no Centro de Crise e de Apoio à Família de Merrymount, onde ela presta aconselhamento a pais e crianças que estão em crise e/ou a passar por momentos de transição. Também foi eleita para a equipa executiva da Associação de Estudantes Ismaili como a 'representante dos caloiros', onde tem a oportunidade de organizar eventos educacionais e sociais para os membros da associação: “Sou a representante dos alunos do primeiro ano. Gosto de conhecer novas pessoas de diferentes culturas, mas da mesma comunidade - essa bela mistura faz-me apreciar a atmosfera pluralista que daí se cria."

Também se candidatou com sucesso a uma posição de liderança no campus como consultora da residência, cargo no qual uma das suas principais funções será promover um ambiente comunitário na residência. Quando não está ocupada a estudar ou a fazer voluntariado, Khushboo também joga futsal na equipa interna de Western.

Uma das paixões de Khushboo é trabalhar com mulheres e crianças, promovendo a saúde e a educação. Para Khushboo, regressar à Índia e continuar este trabalho é extremamente importante: “Quero trazer esta consciencialização e potenciar a acessibilidade dos recursos. Às vezes, a questão não passa por mudar as coisas, mas sim mostrar às pessoas uma nova perspetiva que a possa ajudar. Dependendo do contexto, as abordagens às dificuldades que ocorrem na vida das pessoas têm de ser alteradas, com horizontes mais alargados."