A Sra. Ouandja Kone é presidente de um grupo feminino de consumidores de água no norte da Costa do Marfim. A sua comunidade de Ouazomon tem cerca de 5000 habitantes e é uma das maiores comunidades envolvidas no projeto da Fundação Aga Khan (AKF) para melhorar o acesso a água potável nesta região seca e vulnerável. Esta é a história, contada pela Sra. Ouandja Kone.

Um problema grave

A escassez de água é um problema muito grave em Ouazomon. A aldeia tem três bombas, duas das quais estão avariadas há muito tempo. Só tínhamos uma bomba em funcionamento em toda a aldeia... para milhares de pessoas.

As mulheres tinham de levantar-se muito cedo, antes do canto do galo, para tentarem recolher água suficiente desta bomba. Quando não conseguiam, tinham de deslocar-se para obterem água em locais afastados da aldeia, que seca durante a estação seca. A água não é muito limpa. Muitas pessoas adoeceram por causa da água.

Uma esperança

Conheci a Fundação Aga Khan quando visitaram a aldeia através da Ivoire Coton para explicar que queriam criar um ponto de captação de água e uma bomba na aldeia. Fiquei muito contente quando soube que outros queriam ajudar.

Comecei a trabalhar com o grupo de consumidores de água do novo ponto de captação de água que a AKF construiu em agosto de 2016. Fui eleita presidente do grupo de água pelas outras mulheres.

A maior satisfação

Gosto de trabalhar com a associação e de pensar como fazer uma melhor gestão da água. Todas as mulheres conhecem-se e sabem os problemas que tivemos com a bomba antiga. Conseguimos chegar a um acordo sobre como recolher o dinheiro para repará-la quando foi necessário e fazer com que os homens da aldeia contribuíssem com dinheiro para conseguirmos cobrir o custo de futuras reparações.

Também seria positivo ter alguma ajuda para reconstruir as nossas hortas, agora que vamos ter mais água. Há uns anos, quando as bombas avariaram, tivemos de parar a rega da maioria dos jardins. Seria muito bom se as mulheres pudessem retomar essa atividade.