India · 7 novembro 2019 · 2 Min
RajuBhai Gaikwad é um jovem empresário de sucesso de uma tribo da aldeia de Ambapada, no distrito de Dangs, em Gujarate. Ele trabalhou como um vulgar artesão de bambu, ganhando um salário de 200 rúpias por dia antes de ingressar no programa de empreendedorismo do Programa Aga Khan de Apoio Rural (Índia) no ano de 2017. Com financiamento inicial e acompanhamento, abriu uma oficina moderna para produzir peças inovadoras de artesanato e mobiliário em bambu. Atualmente, o seu volume de negócios ultrapassa os 12 laques [1.200.000 rúpias] e emprega um grupo de 15 jovens tribais locais.
NOTA
Na atual era da tecnologia de informação e comunicação, a televisão, os telemóveis e o acesso à Internet chegam até às zonas rurais mais isoladas. O acesso à tecnologia e a exposição às grandes cidades devido à migração têm alterado ainda mais as aspirações dos jovens de zonas rurais. Cada vez mais, os jovens de zonas tribais e rurais procuram entrar no ensino superior, conseguir um bom emprego e iniciar os seus próprios negócios.
Apesar desta migração para as zonas urbanas, as zonas tribais e rurais têm um potencial inerente ao desenvolvimento das empresas, principalmente em áreas como o ecoturismo, artesanato, criação de animais, agroprocessamento, produção de mel e produtos à base de milhete. No entanto, essas zonas estão desprovidas de infraestruturas e tecnologias. Uma das principais razões para a falta de entusiasmo pelo desenvolvimento do empreendedorismo entre as populações tribais é a ausência de um ecossistema propício nestas zonas tribais.
Como resposta, o Programa Aga Khan de Apoio Rural (Índia) (AKRSP (I)) começou a construir esse mesmo ecossistema propício em 2016. O seu programa de iniciativa para jovens rurais visa promover o desenvolvimento do empreendedorismo entre as comunidades tribais e outras comunidades rurais, particularmente juntos dos jovens e das mulheres. Um número limitado de grupos de jovens e mulheres passa por um rigoroso processo de seleção que envolve a inscrição, visitas ao terreno, entrevistas individuais, seminários, desenvolvimento de plano de negócios e opiniões por parte da comunidade. Os jovens selecionados recebem apoio em formação, orientação, visitas de exposição, desenvolvimento dos negócios, vínculos financeiros e um financiamento inicial limitado.
Este programa, originalmente focado na juventude rural de zonas marginalizadas, como tribos registadas e mulheres, já se expandiu para abranger agora cooperativas femininas de criação de cabras, empreendedores de irrigação com base em energia solar, paraveterinárias, explorações avícolas comerciais, ecoturismo, artesanato em bambu e produtos baseados em milhete, alguns dos modelos inovadores de sucesso incluídos no trabalho de desenvolvimento empresarial do AKRSP (I).
Empregos criados, salários e impacto