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Festival Internacional de Edimburgo celebra os artistas do Programa Aga Khan para a Música

Reino Unido · 5 agosto 2024 · 7 Min

Os artistas do AKMP Mustafa Said, Peni Candra Rini, Soumik Datta, um trio de Mestres Músicos Aga Khan e o quinteto Ustatshakirt Ensemble irão atuar em Agosto no Festival Internacional de Edimburgo.

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Edimburgo, Reino Unido, Agosto de 2024 - O Programa Aga Khan para a Música e o Festival Internacional de Edimburgo juntaram-se para coorganizar e coapresentar cinco concertos no Festival durante o mês de Agosto de 2024.

Nas cinco atuações vão figurar três vencedores recentes dos Prémios Aga Khan para a Música – Soumik Datta, do Reino Unido, Peni Candra Rini, da Indonésia, e Mustafa Said, do Egipto – bem como um trio de Mestres Músicos Aga Khan liderados pela música chinesa de pipa Wu Man e o quinteto Ustatshakirt Ensemble, do Quirguistão.

Este projeto de cinco concertos assinala o segundo ano de uma parceria em curso entre o Programa Aga Khan para a Música e o Festival Internacional de Edimburgo, um dos eventos artísticos mais prestigiados e influentes do mundo. O Festival foi criado após a II Guerra Mundial para reunir as pessoas através das artes. As atuações realçam os valores partilhados de descoberta, curiosidade e união, e a importância que ambas as organizações atribuem à promoção de vínculos entre indivíduos e comunidades através das artes cénicas.

Fairouz Nishanova, Diretora do Programa Aga Khan para a Música, disse: “O Programa Aga Khan para a Música foi criado para reafirmar, apoiar, validar e celebrar o papel vital e crucial dos músicos e da música nas sociedades e comunidades que servimos. Estamos aqui para garantir que a música permanece viva e continua a falar linguagens extremamente variadas, confirmando o seu poder de nos fazer chegar ao que de melhor e mais superior existe em nós e nos outros. Trazer esta música a um evento com a proeminência e as perspetivas globais do Festival Internacional de Edimburgo ajuda-nos a reafirmar o poder que esta pode ter.”

Atuações

Soumik Datta traz a música do centenário sarod indiano a um novo público global.

Soumik Datta

O intérprete e compositor britânico-indiano Soumik Datta – vencedor de um Prémio Aga Khan para a Música em 2022 – traz a música do centenário sarod indiano a um novo público global. A sua atuação, Mone Rekho (‘recordar’ em bengali), é uma experiência de concerto imersiva que explora a memória, a música e a mente humana, investigando questões fundamentais como identidade, história e criatividade. O espetáculo Mone Rekho, concebido em colaboração com a Alzheimer's Society do Reino Unido, combina música tradicional indiana com eletrónica, colagens visuais, relatos pessoais e até comédia. É uma performance profundamente pessoal com relevância universal, que celebra, mas também questiona a transmissão do conhecimento e da experiência no seio das tradições culturais indianas, ao mesmo tempo que incentiva os espectadores a considerar aquilo que significa recordar.

Peni Candra Rini é compositora, intérprete e professora.

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Peni Candra Rini

Nascida em Java Oriental, na Indonésia, a compositora, intérprete e professora Peni Candra Rini também venceu um Prémio Aga Khan para a Música em 2022. Descreve-se como uma “cantora e oradora da poesia da vida”, e interpreta a música tradicional da sua ilha natal de Java como uma sindhen, ou vocalista feminina a solo, que tradicionalmente canta ao lado de uma orquestra de percussão de gamelão. Para além do repertório tradicional de gamelão, ela também tem explorado a música contemporânea e experimental, usando as suas excecionais habilidades vocais, criando novas visões que trazem decididamente a antiga música de gamelão para o século XXI.

Mustafa Said é cantor, instrumentista, musicólogo e compositor.

Mustafa Said

Nascido no Cairo, o cantor, instrumentista, musicólogo e compositor Mustafa Said venceu o Prémio Aga Khan para a Música inaugural em 2019. Além dos seus dotes vocais, é igualmente um artista virtuoso no oud, instrumento do género do alaúde encontrado em todo o Médio Oriente. Já lançou quatro álbuns de música tradicional e contemporânea, além de escrever extensivamente para teatro, dança e cinema. A sua atuação combina música e documentário numa rica exploração das tradições musicais do Egipto e do Levante.

A artista mundialmente famosa Wu Man é acompanhada por Abbos Kosimov, do Uzbequistão, e Sirojiddin Juraev, do Tajiquistão.

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Wu Man com os Mestres Aga Khan

Há várias décadas que Wu Man é figura mundial de renome na pipa, uma espécie de alaúde chinês. Wu Man é membro fundador dos Mestres Músicos Aga Khan (AKMM) e uma fervorosa defensora da música tradicional chinesa, bem como pioneira na interpretação de composições contemporâneas e uma criadora respeitada de novas músicas para o seu instrumento. Com base na celebração dos Mestres Músicos Aga Khan na edição do ano passado do Festival Internacional de Edimburgo, ela faz-se acompanhar por dois artistas igualmente de exceção. Nascido em Tashkent, no Uzbequistão, Abbos Kosimov é um virtuoso da doira, um tipo de adufe com anéis de latão. Sirojiddin Juraev, do Tajiquistão, toca dois dos alaúdes tradicionais da região: o dutar e o tanbour. Em conjunto, os três músicos apresentam peças recém-criadas que exploram as ligações e contrastes entre as ricas tradições musicais de cada um.

O Ensemble apresenta importantes novas vozes da raramente escutada música quirguiz.

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Ustatshakirt Ensemble

O Ustatshakirt Ensemble é composto por cinco músicos e é o grupo residente do Centro Ustatshakirt em Bisqueque, no Quirguistão, fundado em 2003 pelo Programa Aga Khan para a Música para apoiar e desenvolver a música tradicional quirguiz através da formação de uma nova geração de músicos. Hoje em dia, o Centro ensina música, literatura e teatro a 8000 alunos do ensino primário e secundário em 41 escolas. O Ustatshakirt Ensemble combina vozes com instrumentos e inclui os melhores músicos do Centro, com sua a performance a dar destaque às importantes novas vozes da raramente escutada música quirguiz.

Programa Aga Khan para a Música

Fundado em 2000, o Programa Aga Khan para a Música (AKMP) colabora com músicos e conjuntos tradicionais da Ásia Central, Médio Oriente, Norte de África, Ásia Meridional e África Ocidental. O AKMP celebra a música como uma expressão elementar da espiritualidade humana e um meio crucial de promover a tolerância, a curiosidade e o pluralismo, unindo indivíduos e comunidades e levando o trabalho dos músicos a um público global. Embora respeite e apoie as tradições muitas vezes antigas das comunidades, o AKMP também incentiva novos projetos de artistas contemporâneos imersos nessas ricas heranças, produzindo música inspirada, mas não condicionada, pela tradição.

O AKMP desenvolve o seu trabalho através de uma rede de escolas de música e centros de desenvolvimento em todo o Médio Oriente e Ásia Central, em países como o Egipto, o Quirguistão, o Paquistão e o Tajiquistão. Os seus objetivos passam por repensar o modelo tradicional de aprendizagem entre mestres e aprendizes nestas regiões à luz dos nossos tempos contemporâneos e proporcionar oportunidades de aprendizagem e atuação para jovens músicos de mérito.

Os Mestres Músicos do AKMP formam um conjunto de intérpretes de exceção escolhidos entre os artistas de topo que têm trabalhado com o AKMP desde a sua criação. Os Mestres Músicos olham para lá das suas tradições individuais para trocar ideias e conhecimentos musicais em atuações inovadoras, e para transmitir as suas competências enquanto professores, mentores e curadores. Criados em 2018, os Prémios Aga Khan para a Música distinguem a criatividade, o potencial e o empreendedorismo de excelência na música em todo o mundo.

Festival Internacional de Edimburgo

O festival original. Fomos nós que começámos tudo, a centelha que tornou Edimburgo como a Cidade Mundial dos Festivais.

Fundado em 1947, o Festival Internacional foi uma ideia inspirada de Rudolf Bing, um pioneiro cultural e refugiado judeu, em colaboração com um grupo de pessoas importantes da sociedade e do mundo artístico. Em conjunto, criaram um festival que transcende as fronteiras políticas através de uma celebração global das artes cénicas.

Ao longo de 77 anos, o nosso programa escolhido a dedo e de qualidade mundial nas áreas da dança, ópera, música e teatro continua a reunir pessoas de diferentes culturas e pontos de vista a cada Agosto. Paralelamente, os nossos festivais afiliados têm crescido à nossa volta – cada um dos quais contribuindo para uma atmosfera de entusiasmo sem comparação que transforma a cidade a cada verão.

O próximo Festival Internacional acontece entre 2 e 25 de agosto de 2024, sob a orientação do Diretor do Festival, o violinista escocês Nicola Benedetti. A visão de Benedetti é criar um nível bastante profundo de experiência com base na mais alta qualidade artística para um público o mais variado possível.

Para além daquilo que se vê nos palcos, nós também oferecemos roteiros durante todo o ano para que pessoas de todas as idades e origens descubram e participem em espetáculos ao vivo, com foco no estabelecimento de vínculos com os jovens, a comunidade e a indústria. Saiba mais.