Beirute, Líbano e Tunes, Tunísia, 14 a 15 de Maio de 2016- A Iniciativa Aga Khan para a Música e o nomeado para um Grammy, Bassekou Kouyaté, do Mali, juntaram-se para criar “Garana Roots” - um projeto musical que celebra o património histórico e centenário de Garana, região histórica no centro de Mali, de onde Bassekou é originário.
A estreia mundial de “Bassekou Kouyaté & Garana Roots” acontecerá no Festival da Primavera. Parceiro de longa data e coapresentador da AKMI, o Festival da Primavera é um evento bienal que tem lugar no Norte de África e no Médio Oriente. O primeiro concerto terá lugar no Sunflower Theatre em Beirute no Sábado 14 de Maio, e depois no Hamra Theatre em Tunes no Domingo 15 de Maio.
Vencedor de múltiplos prémios, com quatro álbuns a solo aclamados e numerosas colaborações com Toumani Diabate, Ali Farka Toure, Taj Mahal, Damon Albarn, Bela Fleck e muitos outros, Bassekou é certamente um dos artistas mais carismáticos e brilhantes de África, conhecido pelo seu som blues rock que combina a música da sua nativa Segou no centro de Mali com estilos afro-americanos populares.
No seu primeiro programa comissionado pela AKMI, Bassekou Kouyaté & Garana Roots, Bassekou e os seus colegas artistas exibem a rica paisagem sonora do vale médio do Níger e apresentam canções fascinantes e ritmos hipnóticos de danças locais. Nas mãos deste grande maestro, o Garana Roots irá levar estes sons ao público internacional pela primeira vez, revelando um novo lado do celebrado património musical do Mali.
O Garana Roots é um quinteto liderado pelo mestre do ngoni, Bassekou Kouyaté, com o seu filho mais velho, Mamadou Kouyaté, no baixo ngoni; Moctar Kouyaté na cabaça e percussão; a sua filha Oumou Deli Kouyaté na voz; e como convidado especial, o lendário cantor e violinista de uma corda, Zoumana ('Zou') Tereta. A voz áspera de Zoumana e a forma virtuosa de tocar o soku são genuinamente da região de Segou, tendo já aparecido nos álbuns de Bassekou, o que valeu a Zou um culto de seguidores.
O Festival da Primavera foi criado e lançado em 2004 e, ao longo dos anos, tem vindo a trabalhar para tornar o Festival da Primavera em algo mais do que um festival - uma plataforma que liga o público aos artistas, a arte às questões sociais, o palco global aos palcos locais, e as pessoas para além da barreira das fronteiras. Com base nos fundamentos definidos pelas edições anteriores, oferecendo um programa que celebra tanto a realização como a diversidade, o alinhamento de artistas deste ano é tão inovador quanto inspirador. O festival, que se estende por um mês, começa em Beirute em 28 de Abril de 2016 e continua em Beirute e Tunes até 26 de Maio de 2016, apresentando mais de 100 artistas de diferentes países, incluindo a China, Líbano, Kuwait, Índia, Mali, Iraque, Palestina, Suíça, Tunísia, Argélia, Canadá, Síria, Jordânia e Portugal.
Bassekou Kouyaté & Garana Roots é curado pela Iniciativa Aga Khan para a Música, e terá a sua estreia mundial no Festival da Primavera de 2016.
Para mais informações sobre os espetáculos e para a compra de bilhetes, por favor, siga os links:Programa: http://mawred.org/programs-and-activities/spring-festival/Bilhetes para Beirute: https://www.antoineticketing.com/index.php?event_id=2111Bilhetes para Tunes: http://www.tiklik.tn/catalogsearch/result/?q=bassekou&x=0&y=0
NOTAS
Bassekou Kouyaté, do Mali, é um mestre do ngoni, um dos instrumentos mais antigos da África Ocidental. Um griot (músico hereditário) de uma longa linhagem de músicos de ngoni, Bassekou levou o alaúde tradicional (que pode remontar até ao antigo Egipto), com o corpo em pele e um longo braço sem trastes até públicos de todo o mundo, transformando-o através do uso de amplificação, efeitos de pedal e técnicas de execução emprestadas da guitarra elétrica.
Vencedor de múltiplos prémios, com quatro álbuns a solo aclamados e numerosas colaborações (Toumani Diabate, Ali Farka Toure, Taj Mahal, Damon Albarn, Dee Dee Bridgwater, Bela Fleck, AfroCubism e muitos outros), Bassekou é certamente um dos artistas mais carismáticos e brilhantes de África, conhecido pelo seu som blues rock que combina a música da sua nativa Segou no centro de Mali com estilos afro-americanos populares.
Mas não importa o quanto se tenha aventurado no mundo da fusão, Bassekou permanece firmemente em contacto com as suas raízes - na sua aldeia natal, Garana, onde ele cresceu, e onde a maioria da sua família ainda vive e pratica a música secular de tradição oral. Esta é a inspiração por detrás do novo projeto de Bassekou, Garana Roots.
Em criança, Bassekou aprendeu os estilos e canções de todas as etnias, tocando em celebrações do ciclo da vida e outras festividades nas aldeias espalhadas pelas zonas rurais em redor de Garana. A ideia por detrás do Garana Roots é exibir a rica paisagem sonora desta parte do vale médio do Níger. O Garana Roots contará com canções fascinantes como Mari Sow, Bina Ba e Njaaro, evocativas da era pré-colonial. Incluirá os ritmos hipnóticos e sincopados das danças locais, como a bara e a janjigi, que são pouco conhecidas fora da região. Nas mãos deste grande maestro, o Garana Roots irá levar estes sons ao público internacional pela primeira vez, revelando um novo lado do celebrado património musical do Mali.
A Iniciativa Aga Khan para a Músicaé um programa inter-regional de educação musical e artística com atividades de performance, divulgação, acompanhamento e produção artística por todo o mundo. A Iniciativa foi lançada por Sua Alteza o Aga Khan para apoiar músicos talentosos e formadores musicais que trabalham para preservar, transmitir e desenvolver o seu património musical em formatos contemporâneos. A Iniciativa para a Música iniciou o seu trabalho na Ásia Central, expandindo posteriormente as suas atividades de desenvolvimento cultural às comunidades artísticas e públicos no Médio Oriente, Norte da África e Sul da Ásia. A AKMI projeta e implementa um conjunto de atividades específicas para cada país no qual investe, e trabalha para promover a revitalização do património cultural enquanto fonte de subsistência para os músicos e como forma de reforçar o pluralismo em nações onde este é contestado por condicionantes sociais, políticas e económicas.