Mais de 660 estudantes no Paquistão, Quénia, Tanzânia e Uganda licenciaram-se na Universidade Aga Khan (AKU) numa Cerimónia Global de Entrega de Diplomas transmitida em direto e que foi assistida por espectadores de todo o mundo. A cerimónia em Nairobi contou com a presença da Princesa Zahra Aga Khan e viu a Universidade comprometer-se a atingir a neutralidade de carbono nas suas operações até 2030. O cientista climático, autor e ativista Dr. Peter Kalmus foi o convidado principal e discursou para os alunos.
Falando em nome do Chanceler da Universidade, Sua Alteza o Aga Khan, a Princesa Zahra Aga Khan elogiou os licenciados pela resiliência e agilidade que demonstraram ao longo da pandemia e destacou as contribuições da AKU para os países em que está presente.
“Globalmente, a AKU formou 18 000 pessoas,” disse a Princesa Zahra. “Trata de mais de dois milhões de pacientes todos os anos em hospitais certificados internacionalmente e foi recentemente classificada entre as 100 melhores universidades do mundo em saúde pública. Atua também como fiável conselheira dos governos e é uma forte defensora do pluralismo e da capacitação das mulheres. Durante a pandemia, a capacidade da Universidade em realizar investigação de ponta ganhou um valor reforçado.”
Os oradores sublinharam a urgência de abordar as alterações climáticas. A AKU comprometeu-se a tornar-se neutra em carbono nas suas operações até 2030, tal como a Rede Aga Khan para o Desenvolvimento como um todo. A Universidade está entre as primeiras instituições no Paquistão e na África Oriental a comprometer-se a alcançar a neutralidade de carbono. Juntamente com os Serviços Aga Khan para a Saúde, desenvolveu uma ferramenta única de contabilização para analisar as suas emissões e que está a disponibilizar gratuitamente a outras universidades e hospitais.
“Precisamos de um grande número de ativistas climáticos empenhados, apaixonados e corajosos”, disse Peter Kalmus. “Precisamos de nos unir, com coragem, convicção e criatividade, para parar o meteoro que está a vir na nossa direção. Ninguém está a salvo do aquecimento global. Não nos podemos esconder dele, neste minúsculo, indiviso e pálido ponto azul que é o nosso planeta.”
A Cerimónia Global de Entrega de Diplomas também contou com a tomada de posse do presidente Sulaiman Shahabuddin, que se tornou o terceiro presidente nos 39 anos de história da AKU.
Considerando-se “profundamente honrado por ter sido escolhido para o cargo pelo nosso Chanceler, Sua Alteza o Aga Khan”, o Presidente Shahabuddin comprometeu-se a levar por diante a missão da Universidade de criar e aplicar conhecimentos com vista à solução de problemas prementes em África, Ásia e não só. Referiu ainda a investigação de ponta da AKU nas áreas da inteligência artificial, ciência de células estaminais, alteração genética e saúde infantil. Observou também que a AKU irá lançar novos programas de licenciatura em medicina e enfermagem na África Oriental, construir um novo Hospital da Universidade Aga Khan e Centro Universitário Aga Khan em Kampala e lançar uma Faculdade de Artes e Ciências em Karachi.
Dirigindo-se aos licenciados dos quatro países, a Princesa Zahra disse: “Nenhum grupo de finalistas da AKU trabalhou mais para este momento do que vocês. Os últimos dois anos foram desafiantes, com confinamentos, quarentenas e isolamento. Nos próximos anos, poderão sempre olhar para trás e buscar forças nos sucessos que alcançaram durante este período importante.”
Adnan Ali Khan, um licenciado da Faculdade de Medicina em Karachi, refletiu este sentimento no seu discurso em representação dos alunos.
“Posso dizer com segurança que este conjunto de licenciados da AKU será um dos grupos de profissionais mais obstinados, resilientes e de mente aberta que alguma vez saíram desta instituição”, disse. “Creio que falo por todos os meus colegas quando digo isto: estamos prontos.”
Os alunos receberam diplomas das Faculdades de Medicina da AKU, das Escolas de Enfermagem e Obstetrícia, dos Institutos de Desenvolvimento Educacional, da Escola de Pós-Graduação em Média e Comunicações e do Instituto para o Estudo das Civilizações Muçulmanas.