Nairobi, Quénia, 15 de fevereiro de 2017. Os graduandos na cerimónia de convocação da Universidade Aga Khan em Nairobi foram encorajados a aplicar as suas capacidades e conhecimentos para adotar iniciativas ambiciosas e de grande alcance que melhorem o maior número possível de vidas.
No seu discurso, a Professora de honra convidada,Collette Suda, SecretáriaPrincipaldo Departamento de Estado do Ensino Superior o Ministério da Educação, explicouque,para se conseguirum impacte extraordinário,é necessário que os intervenientes ultrapassem as suas obrigações profissionais e compromissos diários através do combate das causas adjacentes dos problemas.
“Não há dúvida de que muitos de vocês já estão a pensar na fase seguinte da vossa educação que pode incluir uma educação formal ou uma educação que requer uma atitude nova e mais desafiante quando começam a trabalhar. De facto, a melhor crítica a qualquer programa académicoé saber se dá vontade de aprender mais e aumentar a vossa capacidade de trazer mudança para a vossa vida, comunidade, país e também para o mundo”.
A Professora Suda pediu também aos graduandos para tirarem o máximo proveito das licenciaturas, uma vez que o acesso ao ensino superior ainda era difícil no país.
“Embora o número de licenciados no Quénia e na África Oriental tenha crescido consideravelmente na última década, constata-se ainda que apenas um pequeno número de jovens tem oportunidade de aceder a ensino superior de qualidade. (…) Como sabemos, a Constituição do Quénia reconhece a educação como uma necessidade humana básica e deve ter a capacidade de promover valores nacionais e competências de vida nos alunos. O Artigo 55 (1) (a) prevê que o Estado toma as medidas necessárias para garantir que os jovens têm acesso a educação e formação relevantes”.
Referiu também o compromisso da AKU com a investigação: “Gostaria de elogiar a Universidade Aga Khan pela atribuição de 13,9 por cento do orçamento anual à investigação, que está acima do requisito mínimo de 2 por cento indicado pela Comissão para o Ensino Superior. Esta universidade é uma das 11 de um total de 70 universidades públicas e privadas no Quénia que respeitaram este requisito.”
No seu discurso de boas-vindas, o Presidente da AKU, Firoz Rasul, pediu também aos graduandos para aplicarem os seus conhecimentos na abordagem dos problemas atuais mais urgentes. Os graduandos não têm dificuldade em conseguir uma mudança significativa porque problemas graves como pobreza, fome, doenças preveníveis como o HIV/SIDA, analfabetismo e preconceito sempre estiveram presentes, não apenas no Quénia, mas em todos os países em vias de desenvolvimento.
O Sr. Rasul explicou a dimensão dos desafios com que se depara a sociedade queniana, ao referir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e o Vision 2030 e ao descrever como as parcerias com as organizações da sociedade civil, instituições governamentais e do setor público podem lidar com os principais problemas na sociedade. Acrescentou que o estudo de caso “Kenya Countdown to 2030”, um relatório resultante de uma parceria entre a AKU, o Ministério da Saúde e um grupo de parceiros internacionais, forneceu um esquema abrangente para proteger as mães e as crianças no Quénia contra doenças mortais.
“Esse estudo fornece um esquema para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em termos de saúde materna, neonatal e das crianças. Tivemos orgulho em lançá-lo na presença de Sua Excelência a Primeira Dama Margaret Kenyatta, a nossa convidada de honra e da Princesa Zahra Aga Khan”, afirmou.
O Sr. Rasul referiu que os esforços da AKU para melhorar a saúde dos quenianos não só implicava parcerias para saber como lidar com os desafios colocados pelos cuidados de saúde, mas também esforços para criar programas médicos e de enfermagem relevantes que permitiram às pessoas prestar serviços de cuidados de saúde de qualidade.
“A nossa Faculdade de Medicina trabalha em estreita parceria com universidades públicas nas áreas de desenvolvimento curricular e elaboração de normas. Todos os nossos formandos ganham experiência através de exposição clínica tanto no Hospital Universitário Aga Khan como em instituições públicas e muitos estudantes das universidades públicas obtêm experiência através de opcionais e rotações na AKU.
“Em 2016, iniciámos uma bolsa de estudo no âmbito de programas de formação em cardiologia. Estes programas, cujo número vai aumentar, vão permitir aos médicos beneficiar de formação avançada sem terem de sair do país. À semelhança dos licenciados do nosso programa de residência, esperamos que os que escolherem esta nova formação se tornem líderes na melhoria da qualidade dos cuidados de saúde no Quénia”.
O Sr. Rasul referiu que no ano passado, um estudo da Escola de Enfermagem e Obstetrícia verificou que mais de metade dos alunos estão a trabalhar em instalações governamentais. A AKU é a primeira instituição a dar formação a especialistas de enfermagem oncológica na África Oriental e estendeu o impacte desta iniciativa ao apoiar instituições públicas como a Moi Teaching e o Referral Hospital em Eldoret para licenciatura em enfermagem oncológica.
O Instituto para o Desenvolvimento Humano da AKU estava também a fornecer apoio de formação a organizações comunitárias que funcionam com crianças afetadas pelo HIV/SIDA e acrescentou ainda que, em breve, implementaria intervenções de saúde e nutrição em crianças de comunidades marginalizadas.
“Todo este trabalho é um suplemento a cerca de milhões de doentes tratados anualmente no Quénia no Hospital Universitário e nos Hospitais Aga Khan em Kisumu e em Mombaça e também nos respetivos 59 centros de saúde”.
Na área da educação, o Sr. Rasul indicou como o Instituto para o Desenvolvimento Educativo da AKU estava a trabalhar com várias agências num projeto de cinco anos para promover a aprendizagem entre os alunos da pré-primária e primária em comunidades marginalizadas na África Oriental. A iniciativa deu formação a mais de 8 500 dirigentes escolares e educadores no Quénia beneficiou mais de um milhão de estudantes, a maioria dos quais de escolas governamentais.
Do mesmo modo, a Escola de Pós-graduação de Média e Comunicações (GSMC) da AKU está também a dar capacitação na área para incentivar os meios de comunicação a fornecerem informações fiáveis e perspetivas bem fundamentadas ao público e aos decisores políticos. Até à data, a GSMC deu formação a cerca de 700 jornalistas e os documentários produzidos com o apoio da Escola são transmitidos todas as quartas-feiras na NTV, numa série chamada “Giving Nature a Voice” (Dar Voz à Natureza).
Atualmente, o Instituto da África Oriental da AKU está a trabalhar com organizações governamentais e privadas para criar novas abordagens que contribuam para a formação da política pública. Referindo-se ao IAO, o Sr. Rasul afirmou: “A investigação sobre os sistemas de alimentação urbana mostrou como se pode promover a disponibilidade e diversidade de alimentos frescos e cultivados a nível local para as populações urbanas”.
O Sr. Rasul realçou que o trabalho da AKU contou também com parcerias com várias instituições públicas e privadas.
“Seria injusto da minha parte se não indicasse que estas iniciativas só foram possíveis graças a forte apoio externo. Uma vez que a AKU é uma universidade sem fins lucrativos dedicada à qualidade elevada, o custo de funcionamento dos nossos programas académicos é muito superior ao valor que recebemos das propinas. Isto significa que devemos atribuir subsídios substanciais para que sejam acessíveis para aos estudantes”.
O Sr. Rasul concluiu o discurso com uma chamada de atenção aos graduandos pela enorme satisfação resultante da realização de medidas inovadoras.
“Falo por experiência própria quando afirmo que trabalhar em nome de uma grande causa, procurar fazer o que nunca foi feito é a experiência mais entusiasmante que alguma vez possam realizar.
“Não há maior recompensa do que saber que os vossos esforços afetaram de maneira profunda e positiva as vidas de muitas pessoas. A oportunidade de saber que o conhecimento por si mesmo é, de facto, uma oportunidade, e peço-vos encarecidamente para não a desperdiçarem”.
Na convocação de hoje, 60 alunos receberam diplomas de enfermaria, medicina e educação.
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