Aerial view of Lahore Fort, Pakistan.

AKDN

Em 2007


O Fundo Aga Khan para a Cultura, através da sua empresa local, os Serviços Aga Khan para a Cultura - Paquistão (AKCS-P), estabeleceu uma Parceria Público-Privada (PPP) com o Governo de Punjab e o Banco Mundial. O objetivo: contribuir para a preservação dos monumentos da era mogol da Cidade Murada de Lahore e apoiar o desenvolvimento socioeconómico nas zonas carenciadas adjacentes.


Durante o período inicial, o AKTC elaborou um Quadro Estratégico Preliminar para a regeneração urbana da Cidade Murada e pressionou ativamente o Governo de Punjab para a criação de um organismo local para assumir a responsabilidade administrativa pelos locais históricos. Em 2012, foi criada a Autoridade da Cidade Murada de Lahore (WCLA) e, desde então, tem sido um parceiro fundamental no desenvolvimento das capacidades técnicas e na garantia de um direito de propriedade local – um requisito prévio para a sustentabilidade a longo prazo destes tesouros culturais.


Conservação e restauro de monumentos importantes


O AKTC levou a cabo trabalhos de conservação e restauro na Muralha das Figuras do Forte de Lahore, no Palácio de Verão, na Cozinha Real, no Shah Burj, no Shahi Hammam e na Mesquita de Wazir Khan.


Estes esforços têm tido por base os mais avançados princípios e tecnologias de conservação, respondendo ao mesmo tempo às necessidades e expectativas locais. Os principais elementos da metodologia do Fundo incluíram: documentação, estudos e levantamentos preliminares; pesquisa arquivística; uso de métodos tradicionais de construção combinados com técnicas modernas de conservação, quando necessário; intervenção mínima e respeito pela integridade estética e física do tecido histórico; reversibilidade e compatibilidade das medidas de conservação; formação de profissionais e artesãos qualificados; projetos-piloto e protótipos de amostra; documentação e arquivamento detalhados do projeto.


As prioridades foram organizadas em três níveis, começando pelas questões mais urgentes. Para começar, as medidas de estabilização de emergência: edifícios inseguros ou instáveis que representavam um risco para a segurança dos visitantes e para a integridade das estruturas. De seguida, medidas como a gestão das águas pluviais e o estabelecimento de um sistema de drenagem adequado para eliminar a causa mais acentuada de deterioração. Em terceiro lugar, os acabamentos interiores e decorativos. O último passo foi a “apresentação do local”: o restabelecimento dos componentes e detalhes em falta que se tinham perdidos ou sido modificados, de modo a atingir, tanto quanto possível, a configuração original do Forte.