Por Elosy Naitore, Nairobi, Quénia · 22 fevereiro 2025 · 2 Min
AKDN / Akbar Hakim
Bom dia, senhoras e senhores.
Aqui, hoje, lembro-me das palavras de Nelson Mandela: “Parece sempre impossível até ser feito.” E a nossa história não é mesmo assim? Hoje, celebramos não só os diplomas que obtivemos, mas também a determinação, a dedicação e os sacrifícios que nos trouxeram até aqui.
Cresci nas encostas do Monte Quénia, portanto, estudar na AKU parecia um sonho distante. Lembro-me de ser voluntária na clínica de proximidade Aga Khan e de me sentir inspirada pelas divisas das enfermeiras - símbolos de esperança e cura. Mal sabia eu que um dia estaria aqui, a representar esta incrível turma de estudantes.
Esta não foi uma jornada fácil. Houve momentos de dúvida, maratonas de estudo à noite e alturas em que a azáfama de Nairobi testou a minha resiliência. Mas, apesar de tudo, aprendi que a resiliência não é apenas sobreviver, mas também prosperar. Trata-se de transformar contratempos em recuperações, e provar que nenhum desafio é demasiado grande quando se tem uma comunidade que nos apoia.
Aos nossos reitores e corpo docente, obrigada por acreditarem em nós, por nos incentivarem a dar o nosso melhor e por nos lembrarem de que a excelência não é um destino, mas sim uma viagem. Aos funcionários de apoio da AKU, à biblioteca, à informática, aos laboratórios, à segurança, às instalações, agradeço-vos por criarem um ambiente onde nos pudemos concentrar nos nossos sonhos.
Hoje, recordamos também Sua Alteza o Aga Khan IV, cuja visão e liderança transformaram a AKU num farol de esperança e progresso. O seu legado de compaixão, educação e serviço à comunidade continuará a inspirar-nos quando nos lançarmos ao mundo para fazer a diferença.
A AKU não só nos dotou de conhecimentos como também nos abriu portas para experiências transformadoras. De conferências internacionais a programas de mentorias, fomos capacitados para liderar, inovar e servir. Não esquecerei o meu primeiro voo, possibilitado pela AKU, para a Conferência Women Lift Health na Tanzânia, uma lembrança de que o nosso potencial não tem limites.
À nossa família e amigos, obrigado pelos sacrifícios e pelo apoio inabalável. Têm sido a nossa força e a nossa motivação. E aos meus colegas de turma, vocês foram uma segunda família. Juntos, provámos que degree ni harambee. Um diploma é um esforço conjunto.
Ao celebrarmos, recordemos a história dos pedreiros.
Um disse: “Estou a assentar tijolos.”
Outro disse: “Estou a construir uma parede.”
Mas o terceiro disse: “Estou a construir uma catedral.”
Hoje, não se trata apenas de recebermos diplomas. Hoje, somos construtores de um sistema de cuidados de saúde mais forte e mais inclusivo. Quer seja a tratar pacientes, a fazer investigação ou a definir políticas, fazemos parte de algo maior do que nós próprios.
Turma de 2024, isto não é o fim, é o princípio. O mundo está à nossa espera. Vamos sair daqui e fazer a diferença, vamos entrar no mundo e torná-lo melhor.
Parabéns, Turma de 2024!