high-ambition-coalition-for-nature-and-people-1920x1080_0001_francesco-ungaro-d7wshgebraw-unsplash.jpg

Príncipe Rahim Aga Khan marca presença nos Prémios Earthshot para celebrar soluções ambientais inovadoras

Saber mais
Pessoal médico passa pela sala de espera, atravessando uma porta com o logótipo do Centro Médico Aga Khan de Kisii.

Alcançar a neutralidade carbónica

Como as nossas operações em saúde estão a reduzir as emissões de carbono e a poupar milhares de euros

AKDN / Lucas Cuervo Moura

Ler mais
akhs-afghanistan-12-189297r.jpg

A central solar de 400 KW do Hospital Provincial de Bamyan, no Afeganistão, fornece a maior parte do …

AKDN / Sameer Dossa

1662979198-b1-16-1.jpg

Inspirar as crianças através da natureza

Saber mais
languageSwitcherEsta página também está disponível em
Ir para
aku-pakistan-hayat_pan_03-1.jpg

Crianças são vacinadas no norte do Paquistão no âmbito do projeto Hayat, que usa uma aplicação móvel que ajuda a monitorizar os serviços de saúde prestados pelos trabalhadores no terreno. A Hayat é uma aplicação móvel de saúde e um portal web desenvolvido pela Universidade Aga Khan.

AKU

Prestação de Serviços de Saúde


A abordagem global dos AKHS aos cuidados de saúde inteligentes a nível climático e amigos do ambiente é baseada em:



  • Dar destaque à promoção da saúde, prevenção de doenças e cuidados primários de saúde. O objetivo é evitar, em primeiro lugar, que as pessoas adoeçam, o que, por sua vez, previne a necessidade de viagens, diagnósticos e intervenções médicas - todas com alto custo para os pacientes e para o ambiente.

  • Usar as tecnologias para ajudar os pacientes a receber informações e cuidados perto de casa. Os AKHS usam e planeiam investir ainda mais em soluções digitais de saúde, consultas por telefone e telemedicina para apoiar diagnósticos e consultas a distância. Isto, por sua vez, irá limitar as necessidades de viagens, mas também permitirá uma deteção e resolução mais rápidas de problemas de saúde - algo que é bom tanto para o ambiente como para os pacientes. Conheça melhor o Centro de Recursos de Saúde Digital da AKDN.

  • Usar abordagens baseadas em evidências orientadas para as necessidades de saúde da população. A filosofia desta abordagem passa por minimizar consultas, intervenções e tratamentos desnecessários.



    akhs_climate_101464.jpg

    A arquitetura de baixo impacto em taipa do Hospital em Bamyan foi projetada para ser não apenas culturalmente sensível à área circundante como também amiga do clima, durável e resistente a sismos.

    AKHS

    Edifícios Mais Ecológicos


    Design Ecológico


    Todas as novas instalações foram projetadas para cumprir os melhores padrões ambientais possíveis. Os AKHS estão igualmente a reformar instalações mais antigas - com ênfase na redução das emissões de carbono, poluição do ar, consumo de energia e água. Os AKHS estão também a levar em conta os preparativos e adaptações a situações climáticas mais severas resultantes de alterações no clima.


    Os nossos arquitetos e engenheiros têm uma longa tradição de colaborações na construção de edifícios que protejam contra as condições climatéricas mais adversas e façam um bom aproveitamento da luz e ventilação naturais. Por sua vez, todos estes recursos reduzem a necessidade de gastos energéticos em aquecimento, refrigeração e iluminação. Os novos edifícios visam corresponder aos requisitos da certificação de Excelência em Design para uma Maior Eficiência ou “EDGE”.


    A eficiência energética é um critério de todos os principais equipamentos. Entre os outros critérios permanentemente preconizados encontram-se melhores soluções energéticas para equipamentos e acessórios e para o consumo de eletricidade e água. Normalmente, os hospitais dos AKHS usam LED e iluminação ativada por sensores, torneiras e sanitas com uso eficiente de água, e equipamentos e aparelhos com classificação Energy Star.


    Para projetos mais recentes, sempre que o espaço permitir, os engenheiros instalam mecanismos de recolha de águas pluviais para aproveitar ao máximo a precipitação. A água tratada é também frequentemente usada nos autoclismos e na irrigação dos terrenos. Algumas instalações possuem unidades de osmose inversa para produzir água potável da mais alta qualidade localmente - evitando a necessidade do transporte de água potável, processo que tem um alto custo para o ambiente. Existem planos para ir instalando gradualmente estes elementos em todos os espaços. Sempre que possível, e geralmente em projetos de maior dimensão, o calor produzido por geradores e outros equipamentos é tido em conta para o aquecimento de água e também para aquecimento complementar.


    Energias Renováveis


    Em matéria de energia solar, o nosso investimento nesta área arrancou em 2016, quando os AKHS no Afeganistão, em conjunto com parceiros, construíram um novo hospital de Bamyan. O local de construção deste hospital estava fora da rede elétrica, tendo exigido soluções de energia criativas. Embora a energia solar parecesse promissora no longo prazo, os custos estimados para a instalação eram muito altos. No entanto, segundo as projeções, era um plano que valia a pena explorar. Assim que o financiamento ficou garantido, foi instalado um sistema de energia solar de 400 KW, que, na altura, era o maior em toda a AKDN. Felizmente, a experiência correu muito melhor do que era esperado. Nesta região, os dias de Verão têm até 14 horas de luz solar. Através desta experiência, os AKHS aprenderam o que hoje é óbvio: os hospitais consomem a maior parte da energia durante o dia (durante a noite o seu uso está restrito à iluminação e a procedimentos de emergência); e, como tal, a energia solar é uma solução particularmente adequada para a operacionalidade em saúde. De uma perspetiva financeira, os custos do investimento em Bamyan demorarão cerca de 6 anos a recuperar, com a energia solar a fornecer atualmente 50-60% de todas as necessidades de energia. Dado que esta instalação gera mais energia do que aquela que pode ser armazenada, estão em curso planos para adicionar mais e melhores baterias, algo que reduzirá ainda mais o uso de combustíveis fósseis.


    akhs-pakistan-gilgit-centre.jpg

    Centro Médico Aga Khan em Gilguite, Paquistão.

    AKDN / Christopher Wilton-Steer

    Desde a experiência em Bamyan no Hospital Provincial de Bamyan, todas as unidades dos AKHS têm como objetivo explorar e maximizar o uso de energia solar. Os projetos recentes incluem a modernização de um antigo edifício no Centro Aga Khan de Saúde Abrangente em Singal, no norte do Paquistão; outros cinco Centros Básicos de Saúde em Gilguite-Baltistão, no Paquistão; o Centro Aga Khan de Saúde de Proximidade em Kuze, Mombaça; Centros Médicos Aga Khan em Kisii, Kimilili e Bungoma, no Quénia; a expansão do Hospital Aga Khan em Kisumu; o Centro Médico Aga Khan em Mwanza, na Tanzânia; e o Centro Médico Aga Khan em Salamia, na Síria. Os Serviços Aga Khan para a Saúde do Afeganistão instalaram sistemas de energia solar em 123 dos seus 235 edifícios. Os planos atuais incluem também a instalação de um sistema solar de 1200 kWh no Hospital Aga Khan de Dar es Salaam, na Tanzânia, de um sistema de energia solar de 440 kWh no Hospital Aga Khan de Mombaça e de mais 13 Centros Básicos de Saúde no Paquistão. O projeto de instalação de sistemas de energia solar está em curso, com planos para incluir muito mais unidades dos AKHS.


    Para estes projetos, as estimativas para as necessidades de cobertura de energia solar variam entre os 40% e os 90%, com as projeções para a recuperação do investimento a situarem-se entre os cinco e os oito anos. No futuro, os AKHS esperam obter resultados ainda melhores, à medida que o preço das unidades solares for baixando e a tecnologia for melhorando. Em áreas com menor luz solar, como o norte do Paquistão, os AKHS estão a explorar protótipos de energia geotérmica.


    Os AKHS ganharam dois prémios pelos seus projetos de energia solar, o prémio do Fundo para o Ambiente do Príncipe Sadruddin Aga Khan pelo Centro de Saúde em Singal, no norte do Paquistão, e o prémio Access 2 Energy (A2E) pelo Centro Médico de Mwanza.



    Ler mais (PDF):





        akhs-pakistan-170350-4web.jpg

        Em 2019, os AKHS começaram a identificar os tipos e volumes de gases anestésicos que estavam a usar durante as cirurgias. Deixaram de usar o gás de efeito de estufa mais potente, o Desflurano, e escolheram alternativas melhores sempre que possível.

        AKDN / Kamran Beyg

        Anestésicos

        Muitos anestésicos são conhecidos por contribuir significativamente para a pegada de carbono criada pelo sistema de saúde. Para além de serem poderosos gases de efeito de estufa, alguns gases anestésicos são também substâncias que enfraquecem a camada de ozono, sendo por isso responsáveis pelo cancro de pele. Como consequência, estamos a procurar formas de reduzir as emissões resultantes destes produtos.


        Em 2019, começámos a identificar os tipos e volumes de gases que estávamos a usar e a escolher alternativas melhores sempre que possível. Como resultado, as unidades de saúde dos AKHS deixaram de usar o gás de efeito de estufa mais potente, o desflurano. No entanto, continuam a ser usados o isoflurano, halotano, sevoflurano e óxido nitroso, que também são problemáticos do ponto de vista do aquecimento global e, em alguns casos, da destruição da camada do ozono.


        A equipa dos AKHS está a trabalhar ativamente na redução do impacto destes gases através das seguintes medidas:



        • sempre que possível, escolher alternativas com baixo carbono e mais amigas de ozono em detrimento de gases com alto teor de carbono ou enfraquecedores da camada do ozono;

        • explorar a redução do óxido nitroso e a sua substituição durante as cirurgias por oxigénio ou ar medicinal;

        • aumentar o uso de anestesia de baixo fluxo para reduzir os volumes usados ao nível de todos os gases;

        • usar alternativas aos gases fluorados, como a anestesia intravenosa; e

        • capturar e reutilizar gases anestésicos, sempre que possível.


        Nas várias situações, os AKHS estão a avaliar formas de usar estes gases com prudência e a experimentarem novas técnicas que reduzam o consumo, sem comprometer a segurança. Em muitos casos (mas não em todos), estas alterações levarão igualmente a uma redução dos custos.


        Um grupo de anestesistas dos AKHS tem estado a trabalhar na implementação de mudanças e na partilha por toda a rede do conhecimento adquirido. Os AKHS procuram igualmente oportunidades para partilhar informações acerca da pegada de carbono e das propriedades enfraquecedoras da camada do ozono dos gases anestésicos junto de anestesistas do sector público e privado, com o objetivo de influenciar as melhores práticas de um modo mais global.


        Os impactos relativos dos gases anestésicos são apresentados na tabela abaixo. O Potencial de Destruição da Camada do Ozono (ODP) de cada gás é comparado com a substância destruidora da camada do ozono mais comum, o CFC-11; ao passo que o Potencial de Aquecimento Global (GWP) é apresentado em relação ao gás de efeito de estufa mais comum, o dióxido de carbono.