AKHS na Ásia Central e no Médio Oriente

Os Serviços Aga Khan para a Saúde do Afeganistão (AKHS, A) foram criados em 2003 para prestar cuidados de saúde primários e terapêuticos à população do Afeganistão, assim como assistência técnica ao governo ao nível da prestação de serviços de saúde. Os AKHS, A são um parceiro ativo do Ministério da Saúde Pública na implementação do Pacote Básico de Serviços de Saúde (BPHS) e do Pacote Essencial de Serviços Hospitalares (EPHS).

Os AKHS, A prestam serviços básicos de saúde e hospitalares a uma população de mais de 1,5 milhões de pessoas nalguns dos distritos mais remotos e inacessíveis do Afeganistão, nas províncias de Badakhshan, Baghlan e Bamyan, através de mais de 1015 postos de saúde (nas aldeias), 158 centros de saúde básica e primária, 25 centros de saúde abrangentes (com cerca de 10 camas cada um), cinco hospitais distritais (com 30 camas cada um) e os dois hospitais provinciais com certificação ISO em Faizabad e Bamyan.

Trabalhamos com as autoridades afegãs para desenvolver e manter recursos humanos qualificados em todas as áreas da saúde. Oferecemos formação contínua a médicos, enfermeiros, profissionais e administradores de saúde, e providenciamos assessoria técnica e apoio no domínio das políticas de saúde, padrões de enfermagem e formação em obstetrícia.

O programa de saúde na República do Quirguistão visa melhorar o estado de saúde das comunidades nas regiões remotas e montanhosas do país, melhorando o acesso a cuidados de saúde de qualidade a nível local e fortalecendo a promoção da saúde, com um foco especial nas mulheres em idade reprodutiva e nas crianças com menos de cinco anos.

Os principais rumos estratégicos do programa de saúde incluem a promoção da saúde comunitária, a capacitação dos profissionais de saúde e dos promotores de saúde, e o fortalecimento da prestação de cuidados de saúde. Os AKHS gerem igualmente um centro de saúde em Naryn, que presta serviços de medicina familiar, consultas de especialidade, odontologia, serviços laboratoriais básicos, de imagiologia e de farmácia à população em geral, assim como aos estudantes e funcionários da UCA.

O foco do programa dos AKHS no distrito de Salamieh (240 000 habitantes) na Síria passa pelo fortalecimento do sistema de saúde. Isto é feito através do apoio às capacidades diagnósticas e terapêuticas do sistema público de saúde existente, composto por 24 centros de saúde e por um hospital distrital, assim como do desenvolvendo de um Pacote de Serviços Integrados de Saúde Essencial a nível nacional. Além disso, os AKHS na Síria estão a realizar atividades de saúde móvel para aumentar o acesso junto das comunidades mais difíceis de alcançar no distrito.

Embora seja dada uma atenção contínua à saúde reprodutiva, materna, neonatal e infantil e às doenças transmissíveis, a ênfase está a mudar no sentido do fortalecimento da gestão de doenças não-transmissíveis (DNT) e problemas de saúde mental no distrito. Os AKHS estão a introduzir, através de um Centro de Aconselhamento em Saúde, protocolos e procedimentos baseados em evidências, iniciativas de capacitação de profissionais de saúde, e a prestação de uma atenção adequada à promoção da saúde e prevenção de doenças.

O modelo HCC é também a base programática do novo Centro Médico Aga Khan de Salamieh (AKMC-S). Prevê-se que o AKMC-S, centro médico privado, sem fins lucrativos, com um foco principal nos serviços complementares indisponíveis a nível local em matéria de doenças não-transmissíveis e problemas de saúde mental, venha a iniciar os serviços de OP e os centros de dia em 2022.

A AKDN iniciou as atividades de saúde no Oblast Autónomo de Gorno-Badakshan (GBAO) em 1997. A dissolução da União Soviética e a perda de subsídios, associados à guerra civil de 1992-1997, afetaram esta região de forma particularmente intensa. Os serviços de saúde, anteriormente financiados com relativa generosidade, deixaram praticamente de ter orçamento.

No passado, Moscovo investiu fortemente na região, tendo desenvolvido um abrangente sistema de saúde e educação. Isto criou uma profunda dependência de Moscovo ao nível do rumo estratégico e até mesmo da sobrevivência. A década de 1990 testemunhou um agravamento dos indicadores de saúde, com um declínio na expectativa de vida e um aumento da mortalidade materna e infantil. Os hospitais e centros de saúde deterioraram-se: os edifícios deixaram de ser reparados, grande parte do equipamento médico tornou-se inutilizável e começaram a faltar medicamentos e material.

Para alcançar a sua visão de um sistema de saúde sustentável e económico que fosse acessível a todos, as prioridades do Tajiquistão em matéria de reformas incluíram:

• a implementação de medidas eficazes de saúde pública;


• a melhoria dos cuidados primários;


• a redução da duplicação e o aumento da eficiência no sistema hospitalar;


• o reforço das capacidades dos profissionais de saúde; e


• o envolvimento da comunidade no desenvolvimento e gestão do sistema.

A questão para a AKDN tem sido como apoiar o sistema numa situação em que a prioridade é a sua reestruturação. Ao contrário do norte do Paquistão, a estratégia no GBAO tem passado por trabalhar em estreita colaboração com o governo para ajudar a desenvolver as suas capacidades de resposta a uma nova situação e reformar todo o sistema com o objetivo de melhorar o acesso a cuidados de qualidade, visando a manutenção da sustentabilidade financeira.

Com o apoio da AKF e de outras agências doadoras internacionais, a participação ativa das comunidades locais, e em parceria com o Departamento de Saúde do GBAO, efetuámos uma vasta gama de intervenções, incluindo iniciativas de promoção da saúde, reabilitação de instalações e equipamentos de saúde, aquisição, distribuição e venda de produtos farmacêuticos, e formação em novas práticas clínicas e de gestão. Está a ser dada especial atenção à "profissionalização" da enfermagem e da medicina familiar. Cada intervenção destina-se a proteger e promover o estado de saúde dos mais vulneráveis na sociedade tajique (ou seja, as mulheres em idade reprodutiva e as crianças com menos de cinco anos) e incentivar o Ministério da Saúde a ter como objetivos diretos estas intervenções junto das 220 000 pessoas que vivem no Oblast. Os AKHS também pretendem mudar o foco de cuidados terapêuticos prestados em hospitais especializados para cuidados primários e familiares apoiados por serviços adaptados às instalações.

Ao fazermos uso desta experiência, estamos a expandir o nosso programa de saúde comunitária para outras áreas geográficas do país, nomeadamente Katlon e Rasht. O Centro Médico Aga Khan em Khorog iniciou o seu funcionamento em 2019. O Centro privado e sem fins lucrativos tem 50 camas e foi construído especificamente para este fim.