Procuramos melhorar as condições socioeconómicas das comunidades rurais e urbanas, potenciando o poder transformador do património cultural. Descobrimos que o restauro e a reutilização adaptativa de monumentos históricos podem fixar as comunidades e ajudá-las a mobilizarem-se com vista a um desenvolvimento global. Os projetos do AKTC têm criado oportunidades para aumentar os rendimentos das populações locais, o desenvolvimento das competências, o uso de materiais locais e o estabelecimento de novas instituições. O nosso trabalho também contribui para recuperar o orgulho e a confiança nos recursos disponíveis na comunidade, e cria esperança numa melhoria da qualidade de vida.

Esta conservação do património cultural baseada na comunidade foi evoluindo ao longo dos anos. O aumento do alcance e da experiência tornaram-na mais inclusiva e multiplicaram os seus benefícios. A modernização e reabilitação dos povoados históricos em redor de monumentos de valor patrimonial desencadeou um processo de transformação social, dando às comunidades locais um acesso melhorado a serviços básicos. Ao mesmo tempo, a conservação da cultura material tem reforçado a consciencialização acerca do ambiente próximo. Isto levou a um aumento da aquisição a nível local de materiais e da importância dada ao ambiente e à sustentabilidade enquanto aspetos relevantes para o desenvolvimento cultural de cada área.

A nossa missão assumiu uma importância renovada e aumentada, tendo em conta os desafios que o país enfrenta. Continuamos a destacar a importância das artes e da cultura na promoção da compreensão e na colaboração entre os povos dentro e fora do Paquistão, contribuindo assim para a paz e a segurança.

Os projetos do AKTC venceram vários prémios internacionais de prestígio, entre eles 15 Prémios UNESCO Ásia-Pacífico para a Conservação do Património Cultural.

Forte de Baltit e Karimabad

O AKTC tornou-se ativo no norte do Paquistão em 1989, em resposta às preocupações de que a cultura única daquela área estava sob ameaça devido aos acontecimentos que se seguiram à conclusão da Estrada de Caracórum em 1978. Uma maior acessibilidade aos vales isolados de Gilguite-Baltistão, aliada ao impacto do turismo, introduziu uma rápida transformação dos costumes e padrões económicos locais. Estas mudanças exigiram novas estratégias e procedimentos capazes de gerir essas rápidas mudanças em curso.

A conservação do Forte de Baltit - cujos elementos mais antigos têm mais de 700 anos - e a estabilização do núcleo histórico da aldeia de Karimabad, no Vale do Hunza, foram as primeiras intervenções importantes do Fundo no Paquistão. O projeto ficou concluído em 1996, mas os esforços de conservação continuaram. A subsidiária do AKTC no país, os Serviços Aga Khan para a Cultura - Paquistão (AKCSP), foi fundada em 1991.

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