Com mais de 100 anos de sucesso na educação e no desenvolvimento da primeira infância, a AKDN reconhece que o investimento numa educação de alta qualidade é a melhor forma de preparar as crianças para um futuro de mudanças e incertezas. O objetivo da AKDN para a educação é equipar as crianças e os jovens adultos com os conhecimentos, competências, atitudes e valores que lhes permitam interagir de forma efetiva com o mundo e contribuir para a sociedade. Enfatizamos o aumento do acesso a oportunidades de aprendizagem de qualidade; o melhoramento dos resultados de aprendizagem; e o fortalecimento dos sistemas e instituições educacionais.
1.º lugar
A Faculdade de Medicina da AKU está classificada em 1.º lugar no Paquistão
A primeira escola Aga Khan foi criada em 1905 em Gwadar, Baluchistão, por Sir Sultan Mahomed Shah. Na década de 1920, começaram a ser criadas escolas na região Sul (Karachi e Sinde interior). No final da década de 1940, para comemorar os 60 anos de Sir Sultan Mahomed Shah como Imam (líder espiritual) da comunidade ismaili, foram inauguradas Escolas do Jubileu de Diamante em Gilguite-Baltistão, no Paquistão. As escolas em Chitral estabeleceram-se na década de 1980. Hoje em dia, as atividades educativas da AKDN vão desde o desenvolvimento da primeira infância aos programas de pós-graduação. Os nossos programas já abrangeram dezenas de milhares de professores e milhões de estudantes.
Os Serviços Aga Khan para a Educação (AKES) do Paquistão gerem 154 escolas e 5 residências em Gilguite-Baltistão, Chitral, Punjab e Sinde, principalmente nas zonas rurais. Com uma população estudantil diversificada, estas escolas variam desde escolas rurais, com menos de 100 alunos, a grandes escolas urbanas.
Estas escolas respondem às necessidades educacionais de mais de 53 000 alunos, desde o ensino pré-escolar ao ensino secundário. Com mais de 3700 funcionários, os AKES no Paquistão são também apoiados por mais de 2000 voluntários.
As escolas têm contribuído significativamente para o aumento das taxas de alfabetização e para o desenvolvimento socioeconómico nas regiões montanhosas e ecologicamente frágeis do norte do Paquistão. Mais de 140 estão localizadas em Gilguite-Baltistão e Chitral. Estas oferecem uma educação de qualidade a mais de 40 000 alunos, dos quais 48% são raparigas. Os AKES no Paquistão continuam a desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento das mulheres em Gilguite-Baltistão e Chitral.
No sul, os AKES do Paquistão gerem quatro escolas em Karachi, três escolas em Hyderabad e na zona rural de Sinde e uma em Hafizabad, em Punjab, com um total de mais de 13 000 alunos matriculados.
Os AKES do Paquistão foram pioneiros na mudança e melhoria da educação, através da introdução de modelos criativos de escolarização, desenvolvimento profissional, avaliação, aconselhamento estudantil, orientação profissional e participação da comunidade – por exemplo, o modelo de escola comunitária.
As escolas seguem o currículo nacional e concentram-se nas disciplinas de inglês, matemática, ciências e no uso das tecnologias de informação e comunicação. A maioria está associada ao Conselho de Avaliação da Universidade Aga Khan.
Através de uma combinação de ofertas curriculares e extracurriculares, as escolas provaram ser fundamentais no desenvolvimento da confiança dos alunos, estimulando as suas competências criativas e o seu potencial de liderança, e desafiando-os a serem intelectualmente curiosos e socialmente conscientes.
Os ex-alunos chegaram a instituições de alto nível no país, como o Instituto de Administração de Empresas, a Universidade de Ciências de Gestão de Lahore, a Universidade Aga Khan e a Universidade DOW de Ciências Médicas. Receberam ainda ofertas para ingressar em universidades de renome internacional, incluindo a London School of Economics and Political Science e a Universidade de Oxford.
Uma jovem estudante na Escola Aga Khan de Booni, em Chitral. No Paquistão, mais de metade dos 27 000 alunos das Escolas Aga Khan são raparigas.
AKDN / Noor Fareed
A Fundação Aga Khan (AKF) está a implementar um abrangente Programa de Melhoria da Educação (PME) para melhorar as escolas e a aprendizagem das crianças em áreas remotas, marginalizadas e frágeis de Gilguite-Baltistão e Chitral, em estreita parceria com os departamentos governamentais de educação de Gilguite-Baltistão e Khyber Pakhtunkhwa. É usada uma abordagem holística de agregação e aproximação que reforça a capacidade do governo, melhora a administração escolar, permite a transformação dos professores e incentiva a participação dos pais e o envolvimento da comunidade. É dada prioridade à educação das raparigas, reconhecendo que a formação das raparigas pode ter um efeito transformador na sociedade e ajudar a quebrar o ciclo da pobreza. Os professores do ensino primário contam com a ajuda de um guia de aprendizagem combinada para a sala de aulas para desenvolverem um clima emocional positivo e uma prática de ensino e aprendizagem mais inclusiva. A AKF e os seus parceiros também criaram um curso de desenvolvimento de professores, permitindo que os educadores explorem valores pluralistas e éticos através de uma abordagem criativa de competências para a vida.
Os programas atuais da AKF incluem a Melhoria Escolar, o Direito das Raparigas à Educação, a Criação de Caminhos para o Sucesso Educacional das Raparigas, as Bases para a Resposta Infantil à COVID-19 e as Escolas2030. A AKF apoia 1500 escolas, abrangendo 40 000 crianças e 6000 professores em Gilguite-Baltistão e KPK.
Entre 2016 e 2021, o Programa de Melhoria Escolar (PME) adotou uma abordagem holística que colocou as crianças no centro do processo de aprendizagem. Com o PME, as comunidades escolares uniram-se para identificar soluções para tornar as suas escolas locais mais eficazes.
Os objetivos eram os seguintes:
Escola Preparatória Pública de Ganish, Hunza - Auxiliares de ensino de baixo ou nenhum custo. Uma escola do Programa de Melhoria Escolar (PME) apoiado pela AKF. No Paquistão, as atividades da Fundação Aga Khan (AKF) na área do desenvolvimento na primeira infância oferecem anualmente a mais de 35 000 alunos com idades entre os 0 e os 8 anos (59% de raparigas) oportunidades de uma aprendizagem de qualidade, tanto em ambientes urbanos como rurais.
AKDN / Christopher Wilton-Steer
O PME agora apoia 151 escolas em Gilguite-Baltistão e 184 em Chitral. Chegou a mais de 35 800 rapazes e raparigas, 1870 professores e educadores e 2600 membros do Comité de Gestão Escolar. Apoia igualmente mais de 510 bibliotecas comunitárias e escolares, beneficiando mais de 70 000 crianças e pais.
Muitos administradores escolares estão atualmente a trabalhar para alcançar as metas dos seus planos anuais de desenvolvimento escolar em colaboração com todas as partes interessadas e a darem prioridade ao ensino e aprendizagem. Os professores sentem-se mais confiados e as crianças referem que as salas de aulas estão mais alegres. Os pais, incluindo mães analfabetas, estão a visitar as escolas pela primeira vez, tendo reuniões individuais com professores e estabelecendo metas mensais para a aprendizagem das crianças. Os pais têm agora um sentimento de participação na aprendizagem dos seus filhos. As crianças tornaram-se melhores leitores e estão a melhorar a sua aprendizagem, com algumas escolas a ficarem bem classificadas nas avaliações do governo. Os comités de gestão escolar foram revitalizados e mostraram que as comunidades podem ser poderosos dinamizadores de mudança. O programa quebrou, de forma significativa, o mito de que as escolas públicas são compostas por professores desmotivados, pais desinteressados e uma resistência à mudança.
Este programa procurou integrar as crianças que não estavam a frequentar a escola primária (rapazes e raparigas) nas áreas mais marginalizadas do Paquistão. Com financiamento da UNESCO, os principais objetivos incluíram melhorar as taxas de matrícula, retenção e a qualidade da educação primária das raparigas; e aumentar a consciencialização e as capacidades dos funcionários públicos e membros da comunidade em posições relevantes de modo a criar um ambiente escolar propício. As atividades incluíram:
Entre 2016 e 2019, o programa abrangeu mais de 22 400 crianças, 1140 professores, 284 membros de CGE e mais de 30 funcionários de educação em Gilguite-Baltistão. As intervenções continuam em 93 comunidades escolares em Astore e Ghanche e incluem atividades de resposta à COVID-19.
Financiado pela Embaixada Real da Noruega, este projeto visa melhorar os resultados de aprendizagem e desenvolver uma maior autoestima, confiança e competências para a vida em 10 500 raparigas nos distritos de Chitral e Diamer. Trabalha a vários níveis:
Estas intervenções ajudam a eliminar as barreiras sociais, culturais e económicas que impedem as raparigas de frequentarem a escola. Fazem aumentar a procura entre comunidades e famílias, melhoram a oferta de uma educação de qualidade e capacitam as raparigas para gerirem desafios complexos através de competências de liderança e para a vida.
A Escola2030 é uma iniciativa global decenal de investigação de ação participativa e melhoria da aprendizagem que abrange 1000 escolas públicas de 10 países, incluindo o Paquistão. Utilizando os princípios do design centrado no ser humano e concentrando-se nos principais anos de transição aos cinco, dez e quinze anos de idade, o programa Escolas2030 procura anualmente gerar 1000 soluções educacionais de âmbito local que possam servir de base e transformar abordagens ao nível dos sistemas de educação com vista a melhorar os resultados de aprendizagem holística de todos os alunos. A iniciativa inclui igualmente o DPI através de um grupo de estudo para o ensino pré-primário e intervenções com o intuito de equipar os jovens com competências empregáveis. No Paquistão, a Escolas2030 trabalha com um Comité Consultivo Nacional e com 100 escolas públicas em Gilguite-Baltistão e Chitral, selecionadas entre as escolas apoiadas pelo PME da AKF. Saiba mais
O Conselho de Avaliação da Universidade Aga Khan é um conselho nacional para o ensino intermédio e secundário que oferece qualificações em inglês e em urdu para os certificados do Ensino Secundário e do Ensino Secundário Superior.
AKDN / Gary Otte
Em 1995, dezasseis escolas privadas no Paquistão escreveram à Universidade Aga Khan (AKU) expressando a sua preocupação com a fraca qualidade do ensino secundário no país. Elas identificaram o sistema de avaliação do país como sendo um dos principais problemas e pediram à AKU que estabelecesse um conselho de avaliação independente.
No Paquistão, a graduação na escola secundária e a admissão na universidade dependem da aprovação num teste determinado por um dos vários conselhos regionais de avaliação. À época, todos estes conselhos eram entidades governamentais. O pedido feito pelas escolas desencadeou um processo que culminou com a criação por parte da AKU do primeiro conselho de avaliação do Paquistão, em 2003. Embora os exames existentes recompensem em grande parte a memorização, o Conselho de Avaliação da AKU adotou uma abordagem diferente, desenvolvendo exames baseados no currículo nacional do Paquistão que recompensam o pensamento crítico e a resolução de problemas. Ao mesmo tempo, o Conselho trabalha em estreita colaboração com as escolas para providenciar formação, sebentas e material didático apropriados que ajudem os professores a abandonar os métodos de ensino mecanizado e a desenvolver as competências analíticas dos alunos. Isto resulta em estudantes mais bem preparados para serem bem-sucedidos na universidade e em atividades intelectualmente exigentes, e para darem uma contribuição positiva à sociedade.
O Conselho usa um sistema de marcação eletrónica altamente fiável, seguro e transparente - o primeiro do seu género na Ásia Meridional. Este não só evita a cábula e o copianço como permite ao Conselho fornecer às escolas feedback relevante acerca do desempenho, aluno por aluno e pergunta por pergunta. Hoje em dia, o Conselho é reconhecido como um modelo, tendo ajudado os conselhos de avaliação do governo a atualizar as competências e as práticas dos seus funcionários.
O Conselho de Avaliação da Universidade Aga Khan forma mais de 1000 professores todos os anos. Já foram formados mais de 30 000 alunos nas escolas associadas ao Conselho nos últimos 10 anos.
Graduados e estagiários do Bacharelato em Enfermagem da AKU durante uma sessão de simulação por parte da Equipa de Resposta Rápida do Centro de Inovação em Educação Médica, em Karachi, Paquistão.
AKDN / Kohi Marri
A AKU ficou classificada entre as 100 melhores universidades do mundo em saúde pública e medicina clínica pelo Ranking Global de Disciplinas Académicas do Ranking de Xangai. A sua Faculdade de Medicina oferece o grau MBBS (o equivalente ao grau de médico na América do Norte); cerca de 60 programas de residência e bolsas de estudo; três programas de mestrado; e um doutoramento em ciências da saúde.
O currículo MBBS prepara os licenciados para promover de forma efetiva a saúde em contextos exigentes e dá importância especial aos cuidados primários e à saúde pública. É exigido aos alunos que participem em clínicas em zonas com baixos rendimentos e realizem investigações sobre os problemas de saúde que afetam as comunidades desfavorecidas de Karachi. Muitos dos licenciados da AKU têm saído para estudar, trabalhar e ensinar nas melhores instituições e universidades de saúde do mundo. Muitos também permaneceram ou voltaram para o Paquistão, para onde trazem, como escreveu um ilustre ex-aluno no The New England Journal of Medicine, “a ambição de estabelecer novos padrões para a prática, formação e investigação clínica e influenciar a medicina académica, as políticas de saúde e a saúde pública".
A Escola de Enfermagem e Obstetrícia da AKU tem sido líder nacional há mais de 30 anos e tem desempenhado um papel fundamental na melhoria da reputação e da prática da profissão de enfermagem. Foi a primeira escola de enfermagem no Paquistão a estar associada a uma universidade e a primeira a oferecer um Bacharelato em Enfermagem, um Mestrado em Enfermagem, um Bacharelato em Obstetrícia e um Doutoramento em Enfermagem. O impacto da Escola no desenvolvimento da enfermagem no Paquistão tem sido assinalável. O seu currículo tem servido de modelo para o currículo nacional de enfermagem e a sua aposta na saúde da comunidade tem inspirado outras escolas a seguir o seu exemplo.
No Paquistão, já foram formados mais de 36 000 educadores pelo Instituto para o Desenvolvimento Educacional (IDE) da AKU. Eles estão a transformar o ensino em sala de aula e a gestão escolar, ao substituir os métodos tradicionais de aprendizagem mecanizada por uma abordagem centrada no aluno que desenvolve competências de resolução de problemas e estimula o pensamento independente.
Estabelecido em 1993, o IDE é um recurso nacional, com o seu impacto na política e na prática a ser significativo e amplamente reconhecido. A marca do Instituto está presente em numerosas políticas, planos e reformas de educação a nível provincial e nacional.
O IDE tem estabelecido parcerias em diversas ocasiões com os governos federal e provinciais para melhorar o ensino e a aprendizagem nas escolas públicas e apoiar o desenvolvimento de políticas. Um número significativo de ex-alunos do IDE trabalham em altos cargos em instituições governamentais, ONG e sistemas escolares.
O IDE:
Uma avaliação externa independente aos primeiros 15 anos de atividade do Instituto concluiu que “o IDE representa uma contribuição única, eficaz, sustentável e dinâmica para a reforma educacional de países em desenvolvimento". Os autores da avaliação também afirmaram que o ensino, a investigação e a atividade "nunca foram, de acordo com a nossa experiência no mundo em desenvolvimento, tão estrategicamente desenvolvidos e abrangentes como no IDE."
Até ao momento, o IED já concedeu mais de 1500 diplomas de doutoramento, mestrado e estudos avançados. Mais da metade dos destinatários dos diplomas são mulheres.