O Fundo Aga Khan para o Desenvolvimento Económico (AKFED) – através dos Serviços de Promoção Industrial (IPS) – fornece capital de risco, assistência técnica e apoio à gestão para incentivar e expandir as empresas privadas. Está em atividade no Burkina Faso há quase 20 anos. Hoje em dia, gere duas empresas e é o maior empregador privado do país.
3000
Na SOSUCO, mais de 3000 funcionários cortam e transportam cana-de-açúcar de Novembro a Abril
A história da SOSUCO tem início nos primeiros anos da independência, quando o Burkina Faso ainda se chamava Alto Volta. Foi fundada em 1968 como uma empresa estatal em Banfora, no sudoeste do país, com o nome de Société de Sucre de la Haute-Volta [Sociedade de Açúcar do Alto Volta]. Uns anos depois, foi rebatizada como Société Sucrière de la Comoé (SO SU CO) [Sociedade Açucareira de Comoé]. Trinta anos mais tarde, a empresa foi privatizada. Os IPS (WA) assumiram o controlo em 1998, trabalhando em conjunto com o governo nacional e com investidores privados locais.
Tendo por base uma área de cultivo de açúcar de cerca de 10 000 hectares, os canaviais da SOSUCO cobrem quase 4000 hectares no sudoeste do país. A empresa gere a única refinaria de açúcar do país. Entre novembro e abril, mais de 3000 pessoas cortam e transportam as canas-de-açúcar para a fábrica, que funciona 24 horas por dia ao longo de toda a época de colheita. Na zona de Banfora, onde se localiza a empresa, vivem 70 000 pessoas. Os serviços sociais aos agricultores incluem educação básica, microfinanciamento, cuidados de saúde e programas de disponibilização de água potável. Hoje em dia, a SOSUCO é o maior empregador privado no Burkina Faso.
Aproveitando a privatização do sector do algodão no Burkina Faso, os IPS (WA) adquiriram a fábrica de descaroçamento e os recursos agrícolas associados na região central do país e fundaram a Faso Coton em 2004. A empresa trabalha com cerca de 30 mil produtores.
A Faso Coton seguiu muito rapidamente o modelo de desenvolvimento da Ivoire Coton, que foi criada pelos IPS em 1998. No entanto, a grande preocupação dos produtores de algodão no Burkina Faso é a baixa produtividade por hectare, devido aos baixos níveis de fertilidade dos solos. Confrontada com as fracas colheitas no Burkina Faso, a Faso Coton está a formar os seus produtores em técnicas de agricultura de conservação destinadas a melhorar a fertilidade dos solos. Atualmente, a fábrica da Faso Coton produz uma média de 350 fardos por dia. A maior parte tem como destino o porto de Lomé, capital do Togo. Para além da fábrica de descaroçamento de algodão, a empresa fornece sementes aos produtores locais de óleo alimentar e ração animal, exporta fibras e disponibiliza serviços de extensão agrícola a 30 000 produtores locais de algodão.