20 projetos em 16 países, da Indonésia a Cabo Verde
Genebra, Suíça, 1 de Junho de 2022 – O Prémio Aga Khan para a Arquitetura (AKAA) anunciou hoje os 20 projetos finalistas do Prémio de 2022. Os projetos vão concorrer por uma parte do prémio total de 1 milhão de dólares, um dos maiores no sector da arquitetura.
Os 20 projetos finalistas foram selecionados por um Grande Júri independente a partir de um conjunto de 463 projetos nomeados para o 15.º Ciclo do Prémio (2020-2022).
O Prémio Aga Khan para a Arquitetura foi criado por Sua Alteza o Aga Khan em 1977 para identificar e encorajar conceitos de construção que correspondam com sucesso às necessidades e aspirações de comunidades nas quais exista uma presença significativa de muçulmanos. Desde o seu lançamento há 45 anos, já foram premiados 122 projetos e documentados quase 10 000 projetos de construção. O processo de seleção do AKAA destaca a arquitetura que não satisfaça apenas as necessidades físicas, sociais e económicas das pessoas, mas que também estimule e responda às suas expetativas culturais.
As representações fotográficas dos 20 projetos finalistas estarão em exibição em King's Cross, Londres, entre 2 e 30 de junho, no âmbito do Projeto de Arte ao Ar Livre de King's Cross, o qual coincide no tempo com o Festival de Arquitetura de Londres.
Bahrein
Bangladesh
Cabo Verde
Índia
Indonésia
Irão
Líbano
Kuwait
Marrocos
Níger
Palestina
Senegal
Sri Lanka
Tunísia
Turquia
Emirados Árabes Unidos
Os projetos finalistas foram submetidos a avaliações rigorosas, no local de cada projeto, por especialistas independentes, incluindo arquitetos, especialistas em conservação, urbanistas e engenheiros estruturais. O Grande Júri irá reunir-se novamente neste verão para examinar as avaliações no local e determinar os vencedores finais do Prémio.
Os nove membros do Grande Júri independente que selecionaram os 20 projetos finalistas são: Nada Al Hassan, arquiteto especializado na conservação do património arquitetónico e urbano; Amale Andraos, professora da Escola Superior de Arquitetura, Planeamento e Preservação da Universidade de Columbia; Kader Attia, um artista que explora os amplos efeitos da hegemonia cultural ocidental e do colonialismo; Kazi Khaleed Ashraf, diretor-geral do Instituto de Arquitetura, Paisagens e Assentamentos de Bengala, em Daca, no Bangladesh; Sibel Bozdoğan, Professora Visitante de Modernidade Arquitetura e Urbanismo no Departamento de História da Arte e Arquitetura da Universidade de Boston; Lina Ghotmeh, arquiteta franco-libanesa diretora de um escritório em que cada projeto aprende com um passado vernacular para construir um novo “déjà-là”; Francis Kéré, anteriormente galardoado pelo AKAA e arquiteto de renome internacional do Burkina Faso que recebeu o Prémio em 2004 pelo seu primeiro projeto, uma escola primária em Gando, no Burkina Faso; Anne Lacaton, fundadora da Lacaton & Vassal em Bordéus em 1989, que se concentra na generosidade do espaço e na economia dos meios; Nader Tehrani, diretor fundador de um escritório dedicado à inovação em design, à colaboração e ao diálogo com a indústria da construção. Para mais informações, consulte as biografias do Grande Júri.
O Prémio Aga Khan para a Arquitetura é gerido por um Comité Diretivo presidido por Sua Alteza o Aga Khan. Os outros membros do Comité Diretivo são Sheikha Mai Bint Mohammed Al Khalifa, Presidente da Autoridade para a Cultura e Antiguidades do Bahrein, Manama; Emre Arolat, Fundador da EAA - Emre Arolat Architecture, Istambul; Meisa Batayneh, Arquiteta Principal e Fundadora da maisam architects and engineers, Amã; Sir David Chipperfield, Diretor da David Chipperfield Architects, Londres; Souleymane Bachir Diagne, Diretor do Instituto de Estudos Africanos da Universidade de Columbia, Nova Iorque; Nasser Rabbat, Professor Aga Khan do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, Cambridge; Marina Tabassum, Diretora da Marina Tabassum Architects, Daca; Sarah M. Whiting, Reitora da Faculdade de Design da Universidade de Harvard, Cambridge. Farrokh Derakhshani é o Diretor do Prémio.
Contactos de imprensa:
Semin Abdulla
E-mail: [email protected]
Site: www.akdn.org/architecture
Notas
O Prémio Aga Khan para a Arquitetura reconhece exemplos de excelência arquitetónica nos campos do design contemporâneo, habitação social, melhoria e desenvolvimento comunitário, preservação histórica, reutilização e conservação de espaços, assim como design paisagístico e melhoria do meio ambiente.
É dada especial atenção aos planos de construção que utilizem recursos locais e tecnologia adequada de uma forma inovadora e aos que possam eventualmente inspirar projetos semelhantes em outros locais. Importa referir que o Prémio não premeia apenas arquitetos, distinguindo também municípios, construtores, clientes, mestres artesãos e engenheiros que tenham desempenhado papéis importantes num projeto.
Para serem elegíveis como candidatos para o ciclo 2022 do Prémio, os projetos devem ter sido concluídos entre 1 de Janeiro de 2015 e 31 de Dezembro de 2020 e devem estar em funcionamento há pelo menos um ano. Os projetos encomendados por Sua Alteza o Aga Khan ou por qualquer uma das instituições da Rede Aga Khan para o Desenvolvimento (AKDN) não são elegíveis par este Prémio.
O Prémio Aga Khan para a Arquitetura faz parte da Rede Aga Khan para o Desenvolvimento (AKDN). Fundada e guiada por Sua Alteza o Aga Khan, a AKDN trabalha em 30 países para melhorar a qualidade de vida e criar oportunidades para pessoas de todas as religiões e origens. As suas agências gerem mais de 1000 programas e instituições – alguns com mais de um século de história. A abordagem da Rede ao desenvolvimento abrange um conjunto de iniciativas culturais, sociais, económicos e ambientais. Os mandatos das suas agências incluem as áreas da educação e saúde, agricultura e segurança alimentar, microfinanciamento, habitat humano, resposta a situações de crise e a mitigação de desastres, proteção do ambiente, arte, música, arquitetura, planeamento urbano e conservação, e património e preservação cultural. A AKDN emprega aproximadamente 96 000 pessoas, a esmagadora maioria das quais vive em países em desenvolvimento. As despesas anuais da AKDN em atividades de desenvolvimento sem fins lucrativos rondam os mil milhões de dólares.