Vencedores do Prémio Aga Khan para a Arquitectura 2020-2022 Ciclo

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A área era de difícil acesso, apesar da sua localização central. O município aceitou abrir caminhos através de várias paredes para tornar o ghat e o rio de fácil acesso.

Aga Khan Trust for Culture / Asif Salman (photographer)

Bangladesh

Espaços Fluviais Urbanos, Jhenaidah


Através de uma participação e apropriação consistentes por parte da comunidade, do amplo envolvimento das mulheres e de grupos marginalizados e de uma mão-de-obra local, a tarefa aparentemente simples de limpar o acesso ao rio Nabaganga em Jhenaidah deu origem a um projeto de paisagismo criterioso e minimalista feito com materiais e técnicas de construção locais, transformando assim uma lixeira informal degradada num espaço multifuncional atraente e acessível que é valorizado pelas diversas comunidades de Jhenaidah. Como tal, o projeto conseguiu reverter a degradação ecológica e os riscos para a saúde do rio e das suas margens, e estimular uma melhoria ecológica efetiva do rio, num dos países com mais área ribeirinha no planeta. [Extrato, Menção do Júri]


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O Espaço Seguro para Mulheres e Raparigas Rohingya foi desenhado com materiais básicos. O tecido de bambu, a palha e a lona utilizados para a construção são de fácil acesso e revelam-se menos perigosos numa situação de ciclone, um fenómeno frequente na região. 

Aga Khan Trust for Culture / Asif Salman (photographer)

Bangladesh

Espaços Comunitários nos Centros de Refugiados Rohingya, Cox's Bazar


Os seis espaços comunitários temporários do Programa de Resposta aos Refugiados Rohingya dão uma resposta digna, sensível e engenhosa às necessidades de emergência relacionadas com a chegada massiva de refugiados rohingya às comunidades anfitriãs do Bangladesh, com especial atenção à segurança de mulheres e raparigas. O conceito e o design dos seis espaços são o resultado de um planeamento adequado, parcerias sólidas e processos inclusivos que envolvem as comunidades distintas de refugiados e habitantes locais, como a definição das necessidades de espaço e funcionalidade. [Extrato, Menção do Júri]


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O edifício oferece uma interpretação contemporânea dos princípios do design vernáculo.

Aga Khan Trust for Culture / Mario Wibowo (photographer)

Indonesia

Aeroporto Internacional de Banyuwangi, Blimbingsari, Java Oriental


Surgindo de um mar de arrozais, o edifício prolonga a linguagem da paisagem, formando um evento concentrado que combina arquitetura, funcionalidade e ambiente numa disposição homogénea mas discernível. O Aeroporto Internacional de Banyuwangi, moderno e eficiente em todos os aspetos, mas enquadrado no seu contexto, pode revelar-se revolucionário ao nível da arquitetura aeroportuária, especialmente tendo em conta que o governo indonésio deverá construir cerca de 300 aeroportos num futuro próximo. [Extrato, Menção do Júri]


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Introdução de um novo alicerce e estrutura metálica para suportar os pisos e telhados flutuantes de betão de forma independente das paredes exteriores originais.

Aga Khan Trust for Culture / Deed Studio (photographer)

Iran

Museu de Arte Contemporânea e Centro Cultural Argo, Teerão


No densamente povoado centro histórico de Teerão, este projeto atípico de reutilização e conservação transformou a Fábrica Argo – uma antiga cervejaria cujas atividades foram deslocalizadas para fora da cidade dez anos antes da Revolução Iraniana devido à poluição – num museu privado de arte contemporânea. A partir das ruínas do edifício original, a atual cervejaria foi renovada e foram construídas novas superfícies com uma abordagem e um design subtis. Foram desenvolvidos, em quatro níveis, uma variedade de espaços para exposições, palestras e filmes, com uma nova residência de artistas a ser construída ao lado do museu. [Extrato, Menção do Júri]


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Do lado de fora, uma via de betão pavimentado leva os visitantes discretamente até à entrada do edifício.

Aga Khan Trust for Culture / Cemal Emden (photographer)

Lebanon

Renovação da Hospedaria Niemeyer, Trípoli


A renovação da Hospedaria Niemeyer é um exemplo inspirador da capacidade de reparação da arquitetura, numa altura de crise vertiginosa e envolvente em todo o mundo, e no Líbano em particular, dado que o país enfrenta um colapso político, socioeconómico e ambiental sem precedentes. A obra de reabilitação da Hospedaria, localizada nos arredores de Trípoli, – uma das mais antigas e belas cidades portuárias, outrora conhecida pela sua arte, mas hoje em dia assolada por uma pobreza extrema, pela migração e pela falta de espaços públicos – faz parte da Feira Internacional Rachid Karami (RKIF), a obra-prima inacabada do arquiteto Oscar Niemeyer. [Extrato, Menção do Júri]


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Os módulos abobadados de argila foram produzidos usando técnicas locais.

Aga Khan Trust for Culture / Amir Anoushfar (photographer)

Senegal

Escola Secundária de Kamanar, Thionck Essyl


A Escola Secundária de Kamanar, um polo escolar repleto de infraestruturas, edifícios, paisagens e acessórios, é única no sentido em que aborda as múltiplas escalas do urbanismo, paisagismo, arquitetura e tecnologias de construção com o mesmo compromisso e virtuosismo. A topografia e a flora do local foram as principais condicionantes encontradas neste projeto, levando à introdução de uma grelha de módulos de salas de aulas organizadas à volta das copas de árvores pré-existentes, adotando as suas sombras como espaços sociais para alunos e professores. [Extrato, Menção do Júri]


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O Prémio Aga Khan para a Arquitetura foi criado em 1977 por Sua Alteza o Aga Khan, 49.º Imam hereditário dos muçulmanos ismailis, para identificar e encorajar conceitos de construção que correspondam com sucesso às necessidades e aspirações de comunidades nas quais exista uma presença significativa de muçulmanos. O processo de seleção do Prémio destaca a arquitetura que não satisfaça apenas as necessidades físicas, sociais e económicas das populações, mas que também estimule e responda às suas expetativas culturais.


Este ano assinala-se o 45.º aniversário do AKAA. Num encontro em Fevereiro de 2022, os 20 projetos finalistas foram selecionados por um Grande Júri independente a partir de um conjunto de 463 projetos nomeados para o 15.º Ciclo do Prémio (2020-2022). Posteriormente, após a avaliação presencial dos projetos finalistas por uma equipa de especialistas, o júri escolheu os seis projetos vencedores.