Mozambique · 22 outubro 2019 · 1 Min
Apendiwe Momade senta-se à sombra da sua casa de campo na região rural de Moçambique, junto a um monte de relva seca. Tem as pernas esticadas sobre um dos tapetes artesanais, os dedos parecem uma teia confusa, enquanto transforma os fios, com perícia, em padrões complexos. Para Apendiwe, aprender a tecer era uma tarefa doméstica como outra qualquer, que passou de geração em geração.
Apendiwe e as vizinhas em Palma costumavam tecer em casa, sozinhas ou com algumas amigas. Porém, com o apoio da Fundação Aga Khan, abriram uma oficina de tecelagem e começaram a trabalhar juntas e transformaram os seus talentos num negócio rentável.
Trabalharem em conjunto significa que as mulheres da Vumilia Upathe podem contratar outras pessoas para recolherem a matéria-prima para a tecelagem e podem produzir uma maior quantidade de produtos para venderem. Receberam formação básica sobre negócio, assim como numeracia e literacia.
Desde que Apendiwe entrou para o grupo, ganhou dinheiro suficiente para construir uma nova casa e foi recentemente nomeada vice-presidente do grupo. “Gosto do meu trabalho”, afirma Apendiwe. Pretende comprar cabras e construir um curral, além disso, construir um telhado melhor na casa onde vive a mãe dela. “Quando estou a tecer… sinto-me bem”.