Mozambique · 22 dezembro 2009 · 2 Min
A grande maioria dos beneficiários da Fundação Aga Khan (AKF) são pequenos produtores cujos meios de subsistência dependem dos lucros da venda das suas colheitas ou dos produtos que fabricam. No entanto, os seus rendimentos são fortemente afetadas por fatores como o nível de conhecimento técnico, a distância física dos mercados, a concorrência desigual decorrentes de políticas comerciais nacionais e internacionais, a devastação da guerra e os limites de produtividade causados pela degradação ambiental.
Em contextos como estes, a Fundação trabalha para criar atividades geradoras de rendimentos para os mais carenciados e de desenvolvimento empresarial para pequenos produtores, no âmbito de um programa mais vasto de desenvolvimento. No norte de Moçambique, a AKF não só ajudou com matérias-primas agrícolas que aumentaram a produtividade, como também fez a ponte entre cooperativas de produtores de milho, sésamo e arroz e empresas agrícolas em Pemba e Nampula. Na Ilha do Ibo, fez a ponte entre os produtores de frutas e vegetais e os mercados no continente e trabalhou para aumentar a produtividade de pescadores e comerciantes de peixe. Os rendimentos também foram aumentados através de melhorias técnicas e de design na produção de joias, têxteis e artesanato locais. A AKF também trabalhou para ultrapassar um grande obstáculo ao comércio - o transporte - organizando métodos alternativos de levar mercadorias até aos mercados.
O objetivo destes programas passa por aumentar os rendimentos para que os excedentes possam ser usados na manutenção de instalações de saúde e escolas. Para reforçar estas atividades, existem outros programas da AKDN que se concentram na educação, saúde, fortalecimento da sociedade civil, melhorias na construção e desenvolvimento de infraestruturas turísticas. O objetivo final é criar uma massa crítica de atividades que melhore a qualidade de vida geral e que seja sustentada pelas próprias pessoas.