Kenya · 13 agosto 2014 · 2 Min
Localizados a 90 minutos de carro da movimentada cidade portuária de Mombaça, Kwale e Kaloleni estão entre os distritos mais pobres do Quénia. A trabalhar em dispensários isolados, os enfermeiros muitas vezes tratam mais de 100 pacientes num dia com suprimentos médicos bastante limitados e um arsenal de conhecimentos e competências inadequados. Infelizmente, o seu isolamento e baixos rendimentos tornam quase impossível continuarem os estudos. Com o apoio da Fundação Lundin, a Escola de Enfermagem e Obstetrícia da África Oriental respondeu à necessidade de um formação continuada de enfermagem em Kwale e Kaloleni com cursos de curta duração em tópicos fundamentais e um programa de dois anos que permite que Enfermeiros Auxiliares se tornem Enfermeiros de Carreira. O resultado é um melhor cuidado médico prestado a numerosas famílias carenciadas, com os licenciados a fazer uso das suas novas competências em áreas em que os enfermeiros são muitas vezes são os únicos prestadores de cuidados de saúde. Como disse recentemente um estudante de enfermagem em Kaloleni, nessas comunidades “nós somos o enfermeiro, o encarregado clínico, o médico - sem conhecimento, não somos nada." Primeiro em Kwale e depois em Kaloleni, a Universidade Aga Khan (AKU) ofereceu três cursos de curta duração nas áreas da saúde reprodutiva, liderança e gestão, e educação/promoção da saúde, em coordenação com as Equipas Distritais de Gestão de Saúde de Kwale e Mariakanie e com o Departamento de Saúde Comunitária dos Serviços Aga Khan de Saúde no Quénia. Até ao momento, 180 Enfermeiros Auxiliares e de Carreira de hospitais e centros de saúde conseguiram melhorar a sua prática de enfermagem sem deixar de trabalhar. Em Kaloleni, a AKU estabeleceu uma parceria com a Escola de Enfermagem do St Luke's Mission Hospital e o Governo do Quénia para lançar um programa de dois anos para que os enfermeiros melhorem as suas qualificações e passem de Enfermeiros Auxiliares a Enfermeiros de Carreira. Os estudantes frequentam as aulas em Kaloleni, ministradas por professores da AKU, e a seguir continuam o seu trabalho no seu hospital, centro de saúde ou dispensário, aplicando o que aprenderam e recebendo visitas periódicas por parte dos seus instrutores, que avaliam o seu desempenho e recomendam estratégias para o melhorar. Já foram formados trinta enfermeiros, e outros 38 já estão inscritos. “Sinto-me bem a trabalhar na minha comunidade”, disse a instrutora da AKU em Kaloleni Esther Nderitu, que recebeu o seu diploma de bacharelato em enfermagem da AKU, trabalhou no Hospital da Universidade Aga Khan em Nairobi durante 15 anos e mudou-se para Kaloleni após receber o seu diploma de mestrado em Enfermagem pela Universidade de Alberta. "Eu vejo as necessidades que existem, e sei que estou a fazer a diferença", acrescentou.