Fundo Aga Khan para a Cultura
Aga Khan Trust for Culture / Sandro di Carlo Darsa
A “arquitetura sustentável” já é bem conhecida, especialmente como uma reação aos riscos inerentes às alterações climáticas, mas o Prémio Aga Khan para a Arquitetura tem vindo a premiar projetos que são bons para as pessoas e para o planeta há pelo menos 40 anos. Ainda que a escolha seja sempre feita com base no princípio da excelência, o Grande Júri independente não tem deixado de selecionar muitos projetos amigos do ambiente.
Os projetos de arquitetura sustentável que já receberam o Prémio vão do inovador edifício bioclimático de Ken Yeang na Malásia (1995) - um “arranha-céu nos trópicos - com uma diferença” - a uma escola primária em Burkina Faso cujas “paredes de barro estão cobertas com uma estrutura de tecto duplo de adobe e estanho que bloqueia o calor do sol”, um projeto do arquiteto Diébédo Francis Kéré (2004). Inclui o projeto do Pantanal de Wadi Hanifa na Arábia Saudita (2010), que incorpora uma “estação de tratamento de águas residuais com sensibilidade ambiental que providencia recursos hídricos adicionais” e uma escola anfíbia no Bangladesh projetada por Saif Ul Haque (2019) “que não perturba o ambiente fluvial, mas que se adapta em resposta às inundações na estação das monções com uma utilização inovadora de métodos e materiais de construção tradicionais locais”.